Capítulo 4

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Abrindo os olhos devagar, noto que não estou em casa ou um lugar estranho para ser morta, e sim me encontrava deitada em uma cama de um quarto meio aconchegante e nada assustador.

Observo que o lugar tinha as paredes com a mistura de azul e branco, alguns toques de dourado; o chão era de piso madeira escura, havia também uma penteadeira totalmente branca, um armário médio lilás clarinho(não me atrevi á olhar dentro) e outras coisas que não identifiquei pelo embaço da visão ainda estar passando ou por nunca ter visto. O teto era um vermelho sangue. A cama era fofa, o lençól era delicado e macio, era quase como se deitasse em uma nuvem.  Ao lado dela, tinha uma cômodinha com gavetinhas e um abajur em cima(também não olhei dentro o que tinha).

Se não estou enganada, se assemelha aos de princesas, cheio de frescuras mas ao mesmo tempo sutil, os metros quadrados dele, são exageradamente maiores que meu quarto, cozinha e sala juntos. 

-Espero estar tendo um pesadelo, pois quero acordar!- Falo para mim mesma observando, para fazer um teste,  me belisco - Ai!- Mas senti dor, então não é sonho.

Isto está confortável até demais...Talvez seja um jeito para enganar e depois sumirem com meu ser da Terra, me mandando pro beléléu? EU ESTOU CORRENDO PERIGO DE VIDA!!!

Tiro o lençol que estava a me cobrir, calço meus chinelos ao lado, e saio daquele cômodo armadilha.
Passo por longos corredores sem rumo, "Que lugar é este? Por quê é tão grande?", seguindo só a minha fraca intuição, tento ir embora dali( era como dar tiros no escuro); de passos lentos, acelerei meu andar, praticamente correndo que nem uma idiota.

Depois de alguns minutos, encontrei uma porta com tom diferenciado das outras e que minha "intuição" dizia para seguir; respiro bem bem fundo, faço meu medo ficar controlado e abro a porta. 

Me adentro no local, que se parecia um escritório:

-Que bom, já acordou!- Ouço uma voz feminina, meu coração acelera

-Si-sim...- Digo fitando o chão que parecia ter sido incerado

-Como foi sua viagem? Estava confortável?

- Não sei, tava desacordada- Depois dessa questão, tomo um pouco de coragem e pergunto - O quê querem de mim?

-Como?

-Dinheiro? Trabalho forçado? Eu ser vendida?

-Nossa, achas isso por qual motivo?

-Eu meio que acabei de completar 15 anos, e já sou sequestrada e trazida no mesmo dia para um lugar desconhecido e despertei em um quarto diferente e aconchegante até demais- Digo firme á olhando fundo nos olhos

-Agatha, está pensando coisas e..

-COMO SABE MEU NOME?!!- Interrompo - São futriqueiros? Colocaram espiões e hackers na minha vida? Por isso aquela sensação de vigilância em mim?

-Não, está colocando palavras desnecessárias nessa situação

-Olha, de verdade, se querem dinheiro, erraram feio, já que não é rica minha família. - Ela me olha meio do jeito que não entendeu- Como planejam me matar? Com tiros? Facadas? Incendiada? Torturada e depois sangrar até a morte? Afogada em alguma piscina ou rio? - Sinto lágrimas de raiva nos olhos

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