Capítulo 11

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Quando o primeiro raio solar invade a janela, e se direciona para meu olho esquerdo, desperto. Levanto na pontinha dos pés, ainda de pijama, e sigo para a varanda que dava no jardim.

Nunca tive essa sensação boa de manhãzinha perto de plantas, árvores e flores. Senti o vento brincar com meus cabelos, o frio tocar delicadamente minha pele, o cheiro de ar limpo, além de ter uma bela vista, que parecia ser retirada de um livro. Então é assim. Sei como as personagens se sentiam agora.

Me jogo na grama e fito o céu metade noite-metade dia. As estrelas continuavam ali, a lua, o sol ainda estava para nascer por completo e as nuvens estavam tomando visibilidade. Com tanto conforto, fecho os olhos lentamente, apenas para sentir aquele momento; e me deixar levar pelos aromas & sons.

Alguns privilégios de se ter um belo jardim.

~ו∆•×~

- Agatha? Agatha! - Grita uma voz

- Quê.. - Alguém fica me chacoalhando feito boneco de pano.

- Graças que tu não está desmaiada - Luanny coloca uma mão sobre o peito - O que diabos a senhorita faz simplesmente dormindo aqui e não na sua cama? Foi sonâmbulismo? Era só o que me faltava

- Não não, nem sou sonâmbula - Coloco a mão na cabeça - Vim cedinho pra cá, antes de todos acordarem e tals - Explico


- Sua louca, como pode fazer isso comigo? Achei que tivesse mal e desmaiou no chão ou pior, que já havia sido levada por alguém desconhecido - Dramática, parece eu, encontrei minha irmã perdida \o/

- Calma, estou bem; vem cá - Dou uns dois pulos para agarrar seu pescoço, fazendo a mesma abaixar, e eu dar-lhe um abraço - Agradeço a preocupação, não irá se repetir, prometo. Mas agora tenho fome, quero comer; bora! - Rio, apontando para um lado e seguindo em frente, a abandonando, que após uns segundos me segue.

Sabe quando meio que bate uma estranheza em questão do que se come? Então..exatamente isso senti quando novamente ao invés de pão com mortadela ou apenas um copo de leite, tem uma mesa meio que exagerada, com todo tipo de coisa. Juro que se for para alimentar todos os guardas reais, toda a Canty e outro reino; nem daria conta disso, até sobraria. Tá certo que exagerei mas ainda assim, é demais. Tem apenas 5 pessoas se alimentando, não tem?

Falando em pessoas, onde estaria minha mãe? Nem no café apareceu desta vez. Será que voltou pra casa sem mim? E Cristina? Onde foram parar essas duas? Na verdade, não deve ser nada, vou deixar pra lá.

Após me contentar em comer apenas um pedaço de pudim, vou para o quarto para ver se o meu tédio fosse sumir, mas pelo jeito...Não.

Hoje não tinha a rotina "faça o que eu faço, diga o que digo", portanto nem havia muito para fazer. Só que essa minha inquietação estava me matando demais aaah

Não aguento ficar muito tempo inativa.

Só para poder matá-lo, decido escrever alguma história qualquer, clichê, mas que envolvia um pouquinho de fantasia do jeitinho que eu costumava ler.  Foi nesses segundos que pude notar que eu escrevo MUITO MAL, mas aquilo iria me distrair por um certo momento.

Em uma casa não muito conhecida,
morava uma humilde família.
Havia dois filhos, uma filha e um casal de tios.

Nela, havia um segredo, guardado desde sempre dos afilhados sob proteção: que envolvia um lado
sobrenatural, mortes, desaparecimentos, e acima de tudo
envolvia .... O que envolvia Agatha?

Certo dia, aconteceu uma coisa
terrível, acabou o pudim e então
todos dentro enlouqueceram,
inclusive, Purcy, a maior
Amante do doce.

Ha-ha-ha, muito engraçado. 

[Autora;-;....po desisto mas não paro 🤧 ]

Mais Uma na Realeza...Onde histórias criam vida. Descubra agora