Lições

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DESCULPEM QUALQUER ERRO E BOA LEITURA.


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Ela partiu, mas nunca disse adeus. Isso quer dizer que ela precisava seguir em frente ou que ela iria voltar um dia? - AL.


O loiro voltou para casa sentido que aquela era a ultima vez que veria sua menina. Aquele sentimento lhe deixava atordoado e com um medo irreconhecível de recair até perder seu total controle como foi com a partida de Amara. Suspirando ele entra em casa indo direto para o banheiro. Tomou banho e caiu na cama dormindo em seguida.

Naquele mesmo momento, Anne ouviu a porta do quarto se abrir. Ainda encontrava-se no hospital por um pedido do médico para que ficasse em observação. Sua cara de espanto surgiu ao encarar aqueles olhos outra vez. Aqueles olhos lindos e tão azuis como o céu livre de nuvens. Piscou diversas vezes até encontrar sua voz.

- Você?

- Acho que está na hora de irmos. - Seu sorriso galanteador se fez presente.

- Como me achou aqui?

- Eu disse que quando fosse a hora certa eu apareceria, não disse? - Ela assentiu. - Pois bem, vamos logo com isso antes que alguém nos veja.

- Mas... Eu não tenho roupas aqui. - O novo loiro lhe entregou uma sacola fazendo-a franzir o cenho. Abriu a embalagem retirando um vestido branco simples e assustou-se em como aquele homem era estranho. Sabia de tudo, era preparado demais... Ele era humano?

- Não demore. - Disse e saiu pela janela do quarto.

Piscando diversas vezes, ela lembrou-se de quando disse sim para ele e agora era sua chance de se manter longe. Vestiu-se e antes que pudesse ir, avistou uma prancheta com seus dados pendurados em um local da cama. Mordeu o lábio inferior ponderando se faria ou não, mas optou por não fazer.

Saiu pela janela assim como o homem havia feito sentindo uma leve dor e seu ventre. Fazendo uma careta, ele notou o desconforto dela e acabou por perguntar:

- Sente-se bem?

- Sim.

- Não é o que parece.

- Irei melhorar.

- O que aconteceu com você? - Questionou curioso.

Ele não via mais o brilho no olhar que ela tinha da ultima vez, apesar de magoada, no dia em que a viu no parque, sentiu a boa vibração que ela tinha e nos poucos minutos em que conversaram, notou de longe a curiosidade dela em conhecer coisas novas. Talvez isso tenha o ajudado para que ela aceitasse seguir caminho com ele, mas aquele brilho no olhar havia sumido.

- Digamos que eu fui massacrada física e emocionalmente e que a partir de hoje eu não confio mais nas pessoas.

- Não confia e mim?

- Óbvio que não. Nem sei quem você é.

- Porque veio comigo então? - Perguntou divertido.

- Considere-se meu passaporte para conhecer mais da vida. Não me leve a mal, mas eu preciso sair daqui.

- Arrisco dizer que tem algo haver com o loiro tatuado de olhos azuis, estou certo? - Lembrar-se de Richard fez o coração de Anne apertar.

- Não é você que lê as pessoas? O que acha?

Inocência PerdidaOnde histórias criam vida. Descubra agora