Capítulo 5

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Vitor Andrades

Fiz uma merda muito grande. Não deveria ter perdido o controle com a Laura.

Tentei concertar no café, mas ela nem olhou na minha cara direito. Tenho que fazer algo pra mudar isso.

Chego no hotel onde trabalho e vou direto bater meu ponto.

- Bom dia Victor! - Cláudia falou animada ao meu lado

- Bom dia. - Falei sem um pingo de vontade e ela percebeu.

- O que aconteceu? Você não é assim comigo - Reclamou me seguindo.

Cláudia é camareira do hotel e uma amiga íntima minha. Entre a gente não tem segredo, já transamos algumas vezes, antes de eu ficar com Laura.

- Ontem eu perdi o controle com a Laura.

- Como assim ? Você... bateu nela ? Não me...

- Não, claro que não. Ela chegou tarde ontem, não atendeu meus telefonemas. Aí acabei ficando nervoso e lembrei da vagabunda...

Ela me empurrou para parede perto da porta do vestiário.

- Você tem que esquecer isso! A Laura não é igual aquela vaca da sua ex noiva. Agora olha a merda que você fez! Acha que ela vai te perdoar? Não querido. Você agora vai ter que lamber o chão que ela passar.

- Eu já me desculpei, hoje de manhã.

- E ela aceitou?

- Lógico que não, Cláudia. Você acha que eu estaria com essa cara se ela tivesse aceitado ? - A afastei - Tenho que me trocar

- Você fudeu com tudo Victor! Nós ainda não terminamos esse conversar

Entrei no vestiário.

Laura Maciel

Me sentei para almoçar com Téo e Nick. Até que a comida do Téo é boa.

- O senhor..

- Achei que já tínhamos superado a face do senhor.

- Desculpe me. É costume. - Sorrio. - Fez o caderno que pedi .

- Sim. Não tem muito o que colocar, graças a Deus. Nenhum remédio, emergência é só comigo...

- E se você estiver pilotando?

- Aí você vai ter que dar conta. - Olhou-me - Minha família e de minha falecida esposa cortou relações conosco. Não aceitaram o fato que iríamos casar, depois de cinco meses de namoro. Mas eu achei que isso ia passar quando contamos que o Nick estava a caminho.

Ele ficou em silêncio por um momento.

- Não aconteceu. Pelas brigas constantes que minha esposa tinha com a família. Ela acabou tendo uma gestação de risco

- Eu sinto muito Téo.

- Eles nem compareceram ao enterro. Não quiseram saber do Nicolas. - No instinto segurei a mão dele que estava sobre a mesa. Ele me olhou e deu me um sorriso triste - Desculpe me falar disso

- Está tudo bem. Além de babá, se você quiser, podemos nos tornar amigos. Afinal, vou me mudar para sua casa - Sorrimos um para o outro

Pai SolteiroOnde histórias criam vida. Descubra agora