Era possível ouvir o barulho de um acelarador de um camião muito perto do meu ouvido, de uma forma muito intensa e fora do controlo. Parecia que alguém estava a levar-me para algum lado mas não conseguia ver... fui sequestrada. Nunca pensei em alguma vez estar numa situação como esta. Em 7 milhões de pessoas, eu fui a escolhida para que isto acontecesse.
Para além de eu estar com os meus olhos vendados, também estava incapacitada de mover as minhas mãos,boca e pés, pois estava completamente acorrentada, tal como um escravo que sofre só para dar prazer e relíquias aos outros que usufruem. Ainda fiz um pouco de força mas não consegui, até que gritei com todas as minhas forças, como forma de expressar todo o desespero que tinha nesse exato momento . Após ter feito o sucedido um homem bateu com muita força no chão de metal e disse para ficar em silêncio total, caso contrário seria morta sem misericórdia. Tentei de tudo para sair daquele carro e daquele homem, mas como não tinha muitas opções, eu decidi simplesmente esperar e ver para onde aquelas pessoas me iriam levar e ver o que iriam fazer comigo.
Passado cerca de meia hora, que me pareciam 5 horas de tremendo desespero e dor, tínhamos parado. O homem que me vigiava na bagagem saiu e pelo som, ele não fechou a porta. Havia um cheiro a gasóleo muito presente, por esse motivo provavelmente estaríamos numa bomba de gasolina. Este foi falar com mais um dos recrutas daquele sequestro que me haviam feito, era o condutor, visto que só conseguia ouvir duas pessoas a andar. Após eu aperceber-me disto ouço o seguinte:Recruta - Vamos receber muito dinheiro da nossa patroa por este meu excelente trabalho , não achas Carlos?
Após ter chamado esse nome, o outro pareceu estar distraído tendo respondido alguns minutos depois:
Carlos- ahhh.. sim, sim
Recruta- Não fiques nervoso rapaz, à sempre uma primeira vez para tudoConsegui ouvir o mesmo a bater nas costas do rapaz de uma forma paternal mas ao mesmo tempo desconfiada,o rapaz parecia que estava a ter tal como eu, uma nova experiência nunca antes percorrida. Passado um longo tempo, os recrutas entraram no camião mas desta vez, ambos foram na frente e eu fiquei sozinha na mala e, sem mais demoras, coloquei a minha cabeça no chão a rastejar de trás para à frente e vice-versa para que eu retirasse a fita que estava a vendar os meus olhos. Depois de muita insistência eu consegui retirar o que estava a impedir que eu pudesse ver. A mala onde eu estava, era completamente vazia, só eu me encontrava nela. Mais uma vez continuámos caminho e não demorámos tanto tempo como da última vez para fazer uma paragem, mas desta vez era defenitiva. Consegui ao longo do caminho ver quem eram as pessoas que me tinham sequestrado. A conduzir era um homem já com uma certa idade, com barbas castanhas a fugir para o branco e com um pouco de amarelo nas pontas devido aos charutos que fumou ao longo dos anos. Ao lado deste estava um rapaz, Carlos , bastante jovem por sinal, com cabelo ruivo e com um rosto branco como a neve com algumas sardas salientes. Nada mais conseguia ver, ambos estavam voltados para à frente.O carro parou, e o homem que ia a conduzir saiu e pediu a Carlos para que ficasse de vigia, parecia ser tão inocente e tão medroso que mostrava que o trabalho dele era mais aterrorizante que o meu. Se pensarmos bem, ele está sujeito a prisão perpétua ou até mesmo pena de morte se causar um homicídio, então estávamos em situações bastantes caricatas. Nesse exato momento em que o recruta sai, Carlos direciona o seu olhar para o meu e repara que já não estava mais vendada. Ficou um pouco surpreendido ao início por ter feito aquilo mas nada fez para além de uma mera expressão , ficando no mesmo sitio. Quando o outro recruta o chamou, este foi ter com ele e de uma forma muito rude e alta disse ao jovem:
Recruta-VAI BUSCAR A MIÚDA SEU ESTÚPIDO, A PATROA ESTÁ MUITO ZANGADA POR CHEGAR-MOS A ESTAS HORAS!
Carlos- Tenha calma Sr. José, eu já vou a caminho. Não demoro mais de 5 minutos
José- Ótimo, estou a contar!!!Nisto, oiço alguém a correr muito depressa para o sítio onde eu estava. O que será que me iriam fazer? O que fiz para merecer isto.. por favor que não me matem... Ouvi a mala a abrir-se que me permitiu ver a noite a clarear com a lua cheia onde uma chuva de estrelas estava no céu. Carlos pega-me como um objeto ao seu colo, de uma forma super agressiva. Onde eu dei um berro apesar de não valer de muito, mas que foi o suficiente para ele ouvir e me susurrar muito discretamente para que o outro recruta não pudesse ouvir:
Carlos-Calma!, eu estou aqui para te ajudar, sou um colega do Manu, vais ter que ter um pouco de paciência mas eu vou tirar-te daqui prometo
Naquele momento fiquei muito confusa e com a cabeça muito baralhada, ele sequestrou-me, gritou comigo, ameaçou e agora quer ajudar? e como ele conhece Manu? Enfim não tinha outra opção senão acreditar na palavra divina que ele havia pronunciado e ver o que acontecia. Tínhamos entrado numa fábrica abandonada. Parecia muito degradada, com as janelas enferrujadas, vidros partidos e um espaço muito grande onde se encomtrava uma simples cadeira. Nesse mesmo móvel Carlos, colocou-me e apenas pude ver uma porta em minha direção. Comecei a ouvir passos leves de uns sapatos de salto alto. José toca no ombro de Carlos e dá uma pequena risada dizendo:
José- Parece que a chefe está a chegar, prepara-te minha querida!
Olhou para mim maléficamente, como se algo de grave estava prestes a acontecer. Daí a momentos a porta destranca-se e alguém chega...era a rapariga do museu, o que ela queria de mim? Eu já a conheci, mas não me recordo onde. Quanto mais ela chegava para perto de mim muito confiante, conseguia mais pormenorizadamente ver como era. Tinha um cabelo encaracolado, castanho escuro com um rosto em forma de v, bastante magra com um nariz bastante fino e pequeno , e para o conhecimento que eu tinha sobre pessoas asiáticas ela tinha uns olhos japoneses. Estava com umas calças largas pretas juntamente com uma blusa preta. Esta finalmente chegou perto de mim, olhou para mim durante algum tempo e riu-se, como se eu tivesse feito algo de muito engraçado. Está depois olha-me muito seriamente e pega no meu queixo dizendo:
??- Finalmente, o dia que tanto esperava chegou! Todos te estão a procurar, probrezinha, a menina que sempre se achava a melhor do mundo agora está desaparecida. Pena que nunca mais será vista alguma vez!!
Esta tirou o que me vendava a boca. Respirei de alívio por ela ter tirado aquilo que me impedia de falar. Olhou mais uma vez nos meus olhos muito séria e disse:
??-Fala!! Ou o gato comeu-te a língua?
Quando ouvi aquilo, comecei a ficar com raivaea re ordar-me de todls os pesadelos que tive recentemente, como se todos juntos estivessem mesmo alí:
B- O que é que eu te fiz?? Quem és tu? O que faço eu aqui?
??-Parecia que a menina Beatriz está com amnésia, acho que vou ter que te avivar a memóriaPor momentos achei que algo ia correr mal depois de ela ter dito aquelas palavras. Começou a cercar-me e a explicar o motivo pelo qual eu estava ali. Ela tinha o nome Suhi praticou aulas de ballet contemporâneo comigo por 13 anos, ficámos bastante amigas, mas daí eu conheci a matilde e nos afastamos. Após terminar a justificação, olhou para mim e disse:
S-Parece que não só acabaste coma nossa amizade de longa data, como agora queres acabar coma minha relação com Manu
B-Eu nunca te vi com ele! E nós somos só simples amigos, nada mais!
S-Ai ai Bia! Se eu não te conhecesse eu até acreditaria na tua palavra, mas a mim não me enganas. Carlos, liga para o querido amigo da nossa hóspede
B- O que é que lhe vais fazer?! Nao o metas nesta alhada, nós temos que resolver isto só nós as duas e mais ninguém!!Esta ignorou o que eu havia dito como se não tivesse acontecido nada, apenas um silêncio permaneceu após aquilo. Comevei a ouvir um barulho de um telemóvel a chamar...
Hey pessoal , o que estão a achar do que tenho vindo a mostrar sobre a história? Desculpem não ter publicado semana passada mas não tive mesmo tempo nem criatividade. A paciência é uma virtude não é verdade? Próximo capítulo virá em breve ,enjoy. Xx
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Amor Sem Rumo
RomantikBia 17 anos, Portuguesa. Cabelos longos e lisos de cor castanho escuro quase preto, olhos verdes com uma estatura baixa. Esta concorre para uma viagem a Espanha. Durante essa viagem ela conhece Manu Rios, um rapaz de 19 anos cabelos e olhos igualmen...