vinte e oito - Yoongi

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  Eu me mantive ao lado de Tae durante as duas últimas semanas. A cada dia que recebe uma ligação de sua mãe, parece pior e mais inseguro.

  Depois de uma longa conversa com Frank, ele me garantiu que se a vontade de Taehyung é ficar, ele vai fazer o que puder para o ajudar.

  Taehyung ultimamente se parece com um garotinho assustado e inseguro. Ele me abraça como se fosse o último contato que teríamos. Ele me convida para dormir na sua casa como se fosse simplesmente sumir no dia seguinte. Eu não conheço seus pais, mas sei que o intimidam. Ele tem medo de ceder caso apareçam aqui. 

—Está com fome? – perguntou entrando na sala, o cabelo loiro molhado, vestindo calças de moletom e uma regata branca.

—Um pouco. – sorri e me ajeitei no sofá. Tae veio até mim e sentou em meu colo, uma perna de cada lado do meu corpo. Pousei minhas mãos em suas pernas e ele se encostou em meu ombro.

—Podemos pedir alguma coisa. – sugeriu.

—Daqui a pouco. Antes quero conversar um pouco com você. – fui direto, não vai adiantar de nada eu enrolar ou qualquer coisa assim. 

—Yoongi... – o interrompi antes que ele começasse com seu discurso de sempre sobre estar perfeitamente bem, qualquer ser pensante nota o quão acabado ele está.

—Não me diga que está bem. Olha só pra você, você está com medo. Eu não quero que se sinta assim. Eu te prometi que não vão te tirar daqui, então não vão te tirar e fim. Não fique assim e não me olhe com essa cara. – segurei seu rosto com as minhas duas mãos e o beijei.

  Eu nunca pensei que fosse gostar mesmo de alguém ou mudar involuntariamente, sem nem mesmo perceber, por alguém —pra melhor, é claro. Nunca pensei que alguém me faria feliz, mas Taehyung apareceu, doce e quase que indefeso. Conseguiu me conquistar em um piscar de olhos e agora eu não quero mais o ter longe de mim.

—E se eles aparecerem? – Tae questionou. 

—É um risco, então vamos tentar uma conversa e provar que está bem aqui, que pode se virar. Você não é mais uma criança, e tem pessoas que te amam por perto. – Taehyung sorriu docemente e suspirou enquanto segurava minhas mãos.

—Você me ama? – essa pergunta me pegou de surpresa, mas não me intimida.

—Eu te amo, docinho. – é bom admitir isso, melhor ainda é ver as bochechas coradas dele e um sorriso largo e sincero que não vejo há alguns dias. 

—Eu acho que também te amo, Yoonie. – eu estou realmente feliz com essa resposta, é melhor do que a que eu esperava. 

  Abracei sua cintura e o beijei, tudo tão calmo e quase inocente que mal posso acreditar que sou eu mesmo, mas eu gosto. Eu gosto quando ele toca meu rosto enquanto me beija e de como se arrepia quando toco sua cintura por dentro de sua blusa.

—O que vai querer comer? – perguntei escorregando minhas mãos até a base de suas costas.

—Primeiro, pode ir tirando suas mãos daí. E depois, se quiser, posso pedir uma pizza. – ri e desci ainda mais minhas mãos. – Ok, eu já entendi o recado. – ri e antes que eu pudesse fazer mais alguma coisa, ele levantou do meu colo. – Vou pedir a pizza antes que abuse mais de mim, tarado.- deitei no sofá e pisquei em sua direção. 

—Desculpa, eu não resisto. Você é uma delicia.

Cigarettes - taegi ver.Onde histórias criam vida. Descubra agora