Uma hora depois, Samia estava esperando ansiosamente por Sadiq. Quando uma batida soou à porta, Alia abriu-a e fez uma cortesia no momento em que Sadiq entrou. Samia não notou Alia saindo, ou a porta se fechando. Tudo que viu foi Sadiq num smoking escuro, parecendo pecadoramente bonito, e estudando-a de cima a baixo.
Ela levou uma mão nervosa aos cabelos... Cabelos que Alia havia prendido num penteado complicado.
— Alia disse que era mais apropriado prendê-los com esse tipo de vestido.
Sadiq sorriu.
— Você ainda não se olhou no espelho? Ela corou e meneou a cabeça.
— Venha aqui — murmurou ele, e ela aproximou-se, suas pernas tocando a seda do vestido. Não podia ler a expressão de Sadiq, mas alguma coisa naquelas feições a deixava ainda mais nervosa. Seus pelos se arrepiaram quando ela parou diante dele, e, novamente, ele tocou-lhe os ombros e virou-a para o espelho.
Reflexivamente, Samia desviou o olhar, e o ouviu suspirar atrás de si. Ela precisava superar aquilo... Então tentou. E viu outra pessoa no espelho. Por um segundo, não se reconheceu. A mulher refletida ali era uma mulher, não uma garota, com os cabelos torcidos no topo da cabeça, e mechas soltas que deixavam seu pescoço longo e elegante.
Maquiagem impecável tornava suas feições sensuais. Ombros desnudos revelavam sua pele alva, e o corpete do vestido prateado levava seus seios à perfeição.
Ela olhou para Sadiq. Então cobriu o peito com as mãos.
— Eu não sabia... Ele sorriu.
— Que você tinha seios? — Ele a virou de frente para si, e manteve as mãos em seus ombros, queimando-lhe a pele. — Bem, você tem. E está maravilhosa.
Samia abriu a boca e Sadiq a cobriu, impedindo-a de falar.
— Eu não quero ouvir uma palavra de dúvida novamente. Nós seremos apresentados ao mundo esta noite, e você precisa Começar a acreditar em si mesma... Porque, se eles sentirem uma ponta de insegurança, irão atacar.
Ele tirou a mão, e ela permaneceu calada. Sentia-se tremendo por dentro. Aquele cenário todo era muito diferente do que esperara. Sadiq estaria dizendo aquilo apenas para aumentar sua confiança antes que eles encarassem o público? Mas parecera tão sincero ao falar que ela estava maravilhosa...
Ele enfiou uma mão no bolso então, tirando um saquinho de veludo de dentro, abrindo-o e derrubando um deslumbrante par de brincos de diamante e platina na mão. Estendeu-o para Samia.
Ela pegou os brincos e virou-se para colocá-los diante do espelho. Eram longos e delicados, e balançavam contra seu pescoço, brilhando quando ela se movia.
— Obrigada. Eu cuidarei bem deles pela noite.
Ele pareceu confuso por sua reação.
— Eles são seus, Samia. Tudo que eu lhe der agora é para ser mantido com você.
Sadiq pegou-lhe a mão para conduzi-la para fora do quarto, e o gesto casto pareceu muito íntimo.
Ela o viu olhar para o frasco de perfume que ele lhe dera, e murmurou:
— Obrigada pelo perfume, também.
— Entretanto, você não o usa. Samia enrubesceu.
— Eu... É adorável, mas um pouco forte para mim. Ele olhou para trás quando eles chegaram à porta.
— Hoje eu percebi que essa era a fragrância errada para você. Já encomendei outro perfume, e deve estar pronto para o nosso casamento.
— Certo — replicou ela, seguindo-o para fora do quarto. Estava um pouco abalada pela admissão dele em relação ao perfume, e de súbito todos aqueles sentimentos de vulnerabilidade voltaram. Sabia que, se o próximo cheiro fosse parecido com o que ela mesma teria escolhido, estaria perdida.
No caminho para a parte principal do castelo, eles passaram por paredes de pedra com tetos altos, e por pequenos pátios abertos, onde pavões exóticos andavam entre plantas. Lampiões iluminavam o caminho, fazendo com que os mosaicos em algumas partes das paredes brilhassem. O lugar era magnífico. Era quase impossível pensar naquele castelo como seu lar. E naquele homem como seu marido.
Sadiq permaneceu silencioso até que eles chegaram à escadaria que levava à área formal de recepção e ao salão de festas. Ele virou-se para olhá-la.
— Pronta?
Ela queria dizer, Não, e acho que nunca estarei, mas conteve-se. Com o coração disparado, assentiu.
— Pronta.
Ele pegou-lhe a mão, ergueu-a para seus lábios e beijou-lhe a palma.
— Boa garota.
No andar de baixo, havia uma multidão de pessoas. Mulheres em vestidos deslumbrantes e jóias reluzentes, e homens em smoking, ou em túnicas tradicionais elaboradas. Sadiq enganchou o braço dela no seu enquanto eles desciam a escada. Samia tentou sorrir, mesmo que sentisse como se estivesse entrando numa jaula infestada de leões.
Duas horas mais tarde, seus pés ardiam, sua cabeça latejava e seu rosto doía de tanto sacrifício. Ela havia se sentado ao lado de Sadiq no jantar, e agora eles estavam se socializando com os convidados, que consistiam de pessoas importantes de Al-Omar e chefes de estado... Como sheik Nadim e sua esposa de Merkazad.
O restante dos convidados chegaria para o casamento no dia seguinte, juntamente com o irmão e as irmãs de Samia. Ela desejou que Kaden estivesse lá, mas ele ficara preso em Londres.
Por um momento, Sadiq foi tirado do lado de Samia para falar com alguém, e ela quase entrou em pânico. Mas então a mãe dele, Yasmeena, apareceu e pegou-lhe o braço. Samia sorriu. Gostava dessa mulher.
— Você está linda esta noite, minha querida.
Samia reprimiu sua resposta natural de se menosprezar e sorriu graciosamente.
— Obrigada, Yasmeena. Você também está adorável. Yasmeena sorriu.
— Você será boa para meu filho. Eu posso sentir isso. Samia corou.
— Espero não desapontá-lo. — E, assim que falou as palavras, ela percebeu que eram sinceras. Em algum ponto ao longo do caminho, entregara sua lealdade a Sadiq, e sentia uma responsabilidade em relação a ele e ao seu novo país agora. Yasmeena apertou-lhe o braço gentilmente.
— Não irá decepcioná-lo. Todos estão cativados por você, Samia. Você é natural.
Samia sorriu.
— Eu não iria tão longe. — Naquele instante, ela percebeu um movimento e olhou para cima, vendo Sadiq por perto. Tão alto e lindo, ele se destacava entre todos.
— Você gosta dele, não é?
Sentindo-se muito exposta, Samia voltou a olhar para Yasmeena.
— Bem... É claro que eu gosto dele... Mas este ainda é um casamento arranjado, como sabe.
Subitamente, Yasmeena pareceu interiorizar-se, e a tristeza nos olhos azuis era profunda.
— Eu sempre desejei mais para Sadiq — disse ela. — Não queria que Sadiq tivesse o tipo de casamento estéril que eu tive com o pai dele. Mas ele será bom com você. O pai dele... Não era um homem gentil. Sadiq é compassivo, e lamento por não sermos muito próximos. O pai o guardou de maneira ciumenta, e ele foi para o colégio interno tão jovem...
— Quantos anos ele tinha? — perguntou Samia.
— Somente oito. O pai o enviou para um colégio na Inglaterra... Dizendo-lhe que era para endurecê-lo.
Samia olhou na direção de Sadiq. Ele parecia tão composto, tão seguro de si. Ele capturou-lhe o olhar e deu um pequeno sorriso, mas então o olhar dele foi para a mãe e o sorriso desapareceu. Ela tremeu internamente.
Yasmeena deu-lhe um tapinha na mão.
— Você é uma garota sensata. Eu gostaria de ter sido tão sensata na sua idade. Desejo tudo de melhor para você e meu filho. — Ela fez uma pausa. — Eu gostaria tanto que ele fosse menos cínico...
— Mãe — veio uma voz fria, enquanto um braço forte rodeava a cintura de Samia. — Eu preciso roubar minha noiva.
Yasmeena sorriu, parecendo inabalada pelo comportamento frio do filho em relação a ela, e então Samia estava sendo conduzida para longe dali. Perguntou-se por que ele agia assim com a mãe, mas, então, estava sendo apresentada para membros do governo de Sadiq, e esqueceu-se de tudo, exceto de sobreviver.
Muito mais tarde, Samia suspirou alto quando Sadiq pediu licença aos outros e conduziu-a para fora do salão. Ele não pegou seu braço desta vez, e ela tentou não se incomodar com isso.
Ele a esperou no topo da escada, e, sem notar, Samia colidiu com o peito largo, inclinando-se para trás com um pequeno grito, porque não tinha onde se apoiar. Rapidamente, Sadiq a segurou e puxou-a para seu corpo. Com o coração disparado, Samia olhou para cima. — Desculpe. Eu não estava olhando por onde andava.
Ele meneou a cabeça.
— Primeiro você decola num garanhão, e agora quer se atirar escada abaixo... Até parece que está tentando escapar deste casamento.
Ela balançou a cabeça. Os braços de Sadiq a envolviam com tanta força que Samia podia sentir os músculos do peito largo e da barriga sólida. Seus seios pareceram inchar dentro do corpete do vestido.
Ela inclinou-se para trás e se encolheu, quando uma mecha de cabelo prendeu num dos muitos grampos escondidos sob o penteado.
Ele imediatamente ficou tenso:
— Eu machuquei você?
— Não. São só meus cabelos... Minha cabeça. Está doendo.
— Venha aqui. — Ele a conduziu ao longo do corredor, e parou-a contra uma parede. Então começou a tirar-lhe os grampos dos cabelos, soltando-os, de modo que caíssem sobre seus ombros.
Samia fechou os olhos quando a tensão foi relaxada.
— Isso é tão bom.
A voz de Sadiq era gutural:
— Venho querendo fazer isso a noite inteira.
Os últimos grampos foram removidos, e ela sentiu as mãos grandes se entrelaçando em seus cabelos e massageando-lhe o couro cabeludo. Estava se derretendo, e inconscientemente balançou na direção dele. As mãos de Sadiq deixaram sua cabeça e seguraram seu rosto.
Ela abriu olhos pesados e o fitou alegre ao ver a cabeça dele descendo. Estava pronta para o beijo, ansiosa para tocá-lo novamente. Em algum nível, ainda não podia reconhecer essa pessoa na qual se tornara, ou no fato de que aquele homem parecia achá-la atraente, mas, com cada beijo, isso se tornava mais real.
Sadiq envolveu-a nos braços enquanto absorvia a doçura de Samia. Havia necessitado de todo autocontrole para não tirá-la de perto de todos os homens que a tinham circulado a noite inteira. Pela primeira vez na vida, só tivera ciência de uma mulher no salão. Essa mulher.
Quando a vira conversando com sua mãe, sentira-se terrivelmente exposto. Como se sentia sempre que sua mãe o fitava com aqueles olhos tristes.
Subitamente, percebeu que estava prestes a abrir o zíper do vestido de Samia, e que eles estavam num dos corredores principais do castelo. Sentia-se desorientado. Mas seu bom-senso prevaleceu.
Samia sentiu a atmosfera mudar quando ele afastou-se. Ele a olhava com uma expressão quase acusatória, e ela se recompôs rapidamente, escondendo seu próprio horror diante do fato que eles estavam se beijando como dois adolescentes atrás de um galpão de bicicletas. Mais uma vez, teve a sensação de que tinha se atirado em cima dele.
Parecendo totalmente no controle, Sadiq deu um passo atrás e disse:
— Eu a escoltarei até seu quarto.
Ela meneou a cabeça e tentou protestar, mas ele já estava liderando o caminho, e Samia teve de segui-lo. Notou os grampos espalhados pelo chão e parou. Ele olhou para trás e viu também.
— Deixe-os aí.
— Mas...
— Eu disse, deixe-os. Alguém os recolherá depois.
Samia endireitou o corpo e o seguiu. Uma criada passou por eles, e ele deu-lhe a ordem. Ela enrubesceu ao imaginar o que a criada pensaria a seu respeito enquanto recolhia os grampos do chão.
Eles chegaram à sua porta. Sadiq abriu-a e deu um passo atrás. Ela entrou e virou-se para olhá-lo.
— Boa noite, Samia. Você se saiu bem esta noite.
Samia o estudou. Ele era um homem diferente daquele que a beijara minutos atrás. Ela deu um sorriso. — Não foi tão doloroso quanto eu esperava.
— Viu? Eu lhe disse que você não precisa se preocupar com nada.
Não precisa se preocupar com nada, Samia lembrou-se da frase enquanto uma mulher pintava tatuagens de hena em suas mãos e seus pés. Era o dia anterior ao seu casamento, e ela havia sido lavada, depilada e cuidada dos pés à cabeça. Também passara uma hora estudando as etiquetas de casamento de Al-Omar, e o criado de Sadiq se sentara ao seu lado para lhe explicar a exata seqüência de eventos durante os próximos três dias.
No dia seguinte, seria a cerimônia civil. Tradicionalmente, Samia seria mantida longe de Sadiq durante essa cerimônia, enquanto ambos declarassem seu consentimento para casar, mas ele disse-lhe que eles fariam aquilo juntos, e ela apreciou o costume mais moderno. Depois, haveria um grande banquete comemorativo.
Um dia depois, banquetes menores receberiam todos os convidados. E, no terceiro dia, aconteceria a parte mais ocidental dos procedimentos, quando ela se casaria publicamente num vestido luxuoso. O evento seria seguido por outro banquete opulento e um baile.
Mesmo com tudo isso, a apreensão de Samia tinha diminuído desde que ela fora ao evento da noite anterior. Sabia que grande parte se devia à preocupação com seu futuro marido, e tremeu ao pensar no beijo do dia anterior.
Horas depois, estava escuro do lado de fora, e Sadiq estava sentado à mesa de seu estúdio, tentando cuidar de uma papelada para o casamento e lua de mel. Mas era impossível. Seus pensamentos continuavam voltando para uma pessoa.
Pensou em como Samia poderia ser dinâmica como rainha. Ele a vira em ação na noite anterior. Depois que ela lhe soltara o braço, havia circulado pelo salão com uma graça inata, a qual certamente vinha de sua criação e educação. Mais de uma pessoa o parabenizara pela escolha da noiva.
Ele observara como Samia deixava as pessoas à vontade com um comentário sutil, e sentira-se orgulhoso. Também tinha se sentido protetor, sabendo como ela estava nervosa.
Sadiq suspirou, sabendo que não conseguiria trabalhar mais naquela noite. Samia passara o dia se preparando para o casamento, e ele a visualizou nua, saindo de uma banheira de espuma. Praguejando porque estava pensando nela de novo, levantou-se para sair da sala... Mas seus olhos pousaram numa caixa sobre a mesa. Ele a pegou e, dizendo a si mesmo que sabia o que estava fazendo, foi para os aposentos de Samia.
Samia estava amarrando a faixa do penhoar quando ouviu uma batida à porta. Alia tinha acabado de sair, então Samia aproximou-se da porta com um sorriso, presumindo que fosse ela.
— Esqueceu alguma...? Oh. É você.
Seu coração disparou diante da visão de Sadiq. Ela se sentia indecentemente vestida, no penhoar de seda.
No mesmo instante, Sadiq amaldiçoou-se em silêncio por ter ido lá, ao ver p tecido de seda moldando-lhe todas as lindas curvas. A excitação foi imediata. Realmente se iludira que iria lá, lhe entregaria o que tinha na mão, e depois iria embora? Simplesmente impossível!
Samia observou quando uma expressão enigmática cruzou o semblante de Sadiq. Sentiu um friozinho na barriga.
— Posso entrar?
Ela sabia que deveria dizer "não"... Por diversos motivos. Más não foi capaz. Deu um passo atrás, respondendo ao brilho ardente nos olhos dele. Nossa!
Ele entrou e fechou a porta, segurando uma caixa vermelha e dourada. O novo perfume. Ela olhou da caixa para Sadiq, e teve medo de abrir o presente. Samia estendeu a mão para a caixa, mas ele ergueu-a, tirando-a de seu alcance.
Temendo que ele estivesse apenas brincando, ela perguntou:
— Sadiq, o que você quer? Acho que não deveríamos nos ver na véspera do casamento.
Ela estava muito consciente das tatuagens de hena em suas mãos, braços, pés e tornozelos. Ele deu um sorriso zombeteiro.
— Essas noções românticas não se aplicam a nós.
— É claro que não. — Como se ela precisasse ser lembrada. Olhou para baixo, escondendo sua mágoa, então voltou a encará-lo, determinada a lhe mostrar que não alimentava tais noções.
— Não se preocupe... Eu não acredito em amor. Vi como amor causa amargura e destruição.
— Ótimo. Concordamos totalmente nesse ponto — replicou ele, o rosto bonito inexpressivo.
Ela reprimiu a dor por ele ter concordado tão rapidamente.
— Então, por que você não me dá logo isso? A voz de Sadiq era aveludada:
— Porque quero lhe mostrar em que partes do corpo passar para obter o efeito mais potente.
— Sadiq... — protestou ela com fraqueza, observando-o estender uma mão para desamarrar a faixa de seu penhoar. Os longos dedos movendo-se contra sua barriga a fizeram balançar o corpo de leve.
Com uma economia de movimentos, a faixa foi solta, e então ele removeu-lhe o penhoar, deixando-o cair no chão. Agora Samia estava diante dele apenas de camisola, que se colava ao seu corpo como uma segunda pele. Enquanto observava os olhos azuis ardentes percorrerem seu corpo, a atmosfera tornou-se carregada de tensão sexual. Seus mamilos enrijeceram contra a renda do corpete.
Lentamente, Sadiq tirou o frasco de perfume e pôs a caixa sobre uma mesa perto. Sem tirar os olhos dela, abriu a tampa dourada e puxou-a na sua direção, colocando a abertura do frasco contra o pulso de Samia. Ela sentiu o líquido sendo espirrado. — Só uma pequena quantidade é necessária, pois o aroma é potente.
Antes mesmo que o cheiro atingisse suas narinas, ela já sabia. Desta vez, ele acertara. O perfume era quase imperceptível no começo, mas, dentro de segundos, quando se misturou com sua pele, a fragrância a lembrou de seus verões na Inglaterra, quando o ar estava repleto de aromas maravilhosos. Samia quase fechou os olhos e gemeu.
— Acho que este perfume combina mais com você, não é?
Samia não pedia falar. Apenas assentiu, sentindo-se fraca. Ele estava colocando algumas gotas na ponta do dedo, e tocando-o na pulsação na base do pescoço dela, antes de trilhar aquele dedo para o vale entre seus seios.
Samia cobriu-lhe a mão com a sua e o olhou, desesperada para se entregar, e, ao mesmo tempo, não sabendo se estava pronta para aquilo.
— Sadiq, espere... Nós não devíamos. Ele arqueou uma sobrancelha arrogante.
— Quem disse? Somos adultos, Samia. Ninguém nos diz o que fazer. E eu a quero tanto que chega a doer.
Com olhos azuis brilhando, ele levou a mão que cobria a sua e posicionou-a sobre seu membro rígido. Samia olhou para baixo e viu sua própria mão tocando-o intimamente. A tatuagem de hena parecia dizer: Torne este homem seu.
Ela ergueu o olhar, e murmurou com a voz rouca:
— Não quero realmente parar... Eu quero você, também.
— Ótimo. Porque eu não acho que teria forças para me virar e sair por aquela porta.
O cheiro evocativo que ele mandara fazer para ela parecia realçar o momento, e, como se em transe, Samia observou-o pôr o frasco sobre uma mesa. Ele se aproximou, e logo eles estavam perto da cama. A luz fraca do abajur lançava um brilho dourado à pele de Sadiq. Ele era tão magnífico que lhe tirava o fôlego. Agindo por instinto, ela levou uma mão ao queixo dele, sentindo a textura dos pelos que despontavam.
Sentiu um músculo saltar contra sua pele, e então Sadiq pegou-lhe a mão e beijou-a, murmurando com uma intensidade que a fez derreter-se:
— Basta.
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A Escolhida do Sultão
RomanceUma rainha inconveniente. Escolhida pelo sultão para ser sua esposa, Samia não teve outra escolha a não ser aceitar o casamento. E, enquanto seu marido a despia peça por peça de seu lingerie de núpcias, ela não conseguiu controlar seu desejo, e su...