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Princes - Ledu

Hoje era o dia do festival dos reinos, os cinco reinos de Valador. Para os camponeses era apenas um festival normal com músicas, comidas entre outras coisas, mas para os reis era o tempo de fazer acordos e alianças com outros reinos, casamentos arranjados para unificação de terras.

Eu nunca fui chegado nisso, meu pai, rei de Idris, está preocupado em relação a guerra precisa se aliar a algum Reino vizinho.

- Meu filho! - Ele me abraça. - Venha, tome uma taça de vinho com seu pai! Fique para conhecer as filhas dos Reis que virão para o festival.

- Pai! Sabe que eu estarei ocupado. - Minto, eu não queria me casar, pelo menos não com aquelas megeras que vieram no último ano.

- Leon, precisa casar com alguma princesa. - Ele me olha sério. - Precisa de alguém para governar o reino junto a você quando eu morrer.

- Ainda não está no tempo, meu pai. - Viro a taça daquele líquido amargo.

- Pelo menos venha ao banquete. - Ele pede me olhando nos olhos.

Meu pai, agora estava com seus 30 anos de reinado, assumiu ainda jovem, quando meu avô veio a falecer na guerra, morreu como um herói para o povo, era um bom homem segundo as histórias fantásticas que meu pai contara.

- Está bem, virei ao banquete, pelo senhor e por minha mãe. - Que mal faria eu ir tomar um pouco de vinho e fingir cortejar algumas damas essa noite?

Essa tarde, tive um pouco de tempo para galopar, o clima frio do nosso reino fazia dos meus passeios algo gélido e solitário. Fui até o celeiro pegar o meu cavalo, Viking, um corcel negro com algumas manchas brancas.

- Príncipe!? - Rick, um de nossos serviçais agora dava o pasto e água para os cavalos.

- Olá Rick, vou pegar o Viking para dar uma volta, volto em algumas horas. - Falo.

- S.. Sim, senhor. - O garoto parecia simpático, bem tímido também, não deixei de notar o rubor em suas bochechas quando me aproximei dele.

Subo no meu cavalo e parto para a floresta de Héxperos, era uma floresta bem tranquila, escura e silenciosa, boa para pensar em certos momentos. Enquanto cavalgava, não percebi alguém ao meu lado  me acompanhando sorrateiramente.

- Hey! - Ele gritou, olhei para o lado e vi alguém um tanto incomum para esse reino, suas vestes eram tingidas num verde escuro, parecia alguém da realeza.

Me assusto com sua aparição repentina e o analiso melhor, era da minha altura, tinha o cabelo acastanhado e olhos castanhos profundos, a barba cheia me chamou uma certa atenção.

- Quem é você?! - Puxo as rédeas do meu cavalo e tiro minha espada da bainha, certamente um espião não seria louco de atravessar as grandes muralhas do Reino.

- Apenas alguém, vim para o festival. - Ele desce do seu cavalo, mas não desembainhou a espada.

- Há quanto tempo me observa? - Falo ainda com a espada apontada para ele, qualquer um ali estaria com as pernas tremendo, mas ele estava calmo até demais.

- Estou aqui desde que você chegou, achei essa floresta por acaso. - Ele diz. - Não vai se apresentar?

- Por que eu deveria? Você não se apresentou.- Desço do cavalo. - De qual reino tu és, forasteiro?

- Sou do reino de Stiletto. - Era um dos reinos alidos do meu pai. Ele se aproximou, tocando na ponta de minha espada e deslizou seu dedo por toda sua extensão. - Não deveria apontar uma arma assim, está totalmente com a guarda aberta.

- Desculpe a forma com que lhe tratei. - Minha respiração agora tinha ido a loucura, nunca fui bom em esgrima, por isso fingi que sabia o que estava fazendo. - Nunca é bom baixar a guarda.