II

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Acordei de manhã bem cedo e senti minha cabeça com uma leve dor por questões de que: eu bebi na noite anterior. Suspirei e levantei da cama, sabendo que Nick não estaria ao meu lado pelo fato de que teria de trabalhar naquele sábado. Ótimo, um dia sozinho.

Passei a mão em meus cabelos desgrenhados e bocejei antes de entrar no banheiro e me olhar no espelho. Eu vi a criatura decadente que estava no reflexo, com grandes bolsas roxas embaixo dos olhos, cabelos mais bagunçados do que o normal, bochechas rosadas sabe-se lá o porquê, usava uma blusa maior que pertencia a Nick e uma samba-canção azul com flores amarelas. Minha pele estava mais branca do que o normal e era evidente que eu não havia dormido bem noite passada. "Droga, nunca mais bebo dessa forma".

Arrastei-me para tirar a roupa e entrar embaixo do chuveiro, deixando com que as gotosa de água caíssem livremente sobre meu corpo nu. Era incrível o que um banho poderia fazer conosco, não é mesmo?

Assim que terminei, me enxuguei com uma toalha, lembrando-me de uma leve discussão que tive com Nick antes de ir à despedida de solteiro de Zayn. O homem me jogava na cara que eu não havia ido no teste vocacional e eu dizia apenas que havia esquecido sobre a consulta, alegando que havia ido trabalhar. A realidade era outra.

FLASHBACK

Andei em passos rápidos até a entrada daquela bela e familiar casa. Eu sorri assim que peguei a chave reserva embaixo de um dos vasos de planta que tinham ali, abrindo a porta e observando que não havia ninguém na sala. Dei graças por ter entrado em completo silêncio, fazendo com que eu pudesse traçar meu trajeto até meu antigo quarto com rapidez e sem ninguém como obstáculo. Olhei para as velhas paredes azuis que me traziam tantas lembranças felizes e dei um sorriso, analisando as estantes que meus pais colocaram nas paredes para os livros escolares. Meu guarda-roupa na cor azul e marrom ainda estava no mesmo lugar. Tudo estava limpo e organizado, exceto por mim. Eu era a única bagunça que havia naquele cômodo.

- Não acredito! - ouvi a voz aguda de minha mãe e dei um longo suspiro, sussurrando pra mim mesmo um "droga" - você continua fazendo isso? - perguntou ela entrando no quarto.

- Isso o que? Mãe eu não posso mais visita-la?

- Pode sim, exceto pelo fato de que o Nick me disse que você iria hoje consultar com o orientador vocacional.

- Por que diabos você tem o número do Nick?

- Porque de vez em quando você decide que é certo sumir do mapa e ignorar seus pais.

- Talvez seja porque de vez em quando é bom ficar sozinho pra pensar.

- E você pensa em que Harry? Porque obviamente no seu futuro não é.

- Mãe eu não vim aqui pra isso - eu sai do quarto e suspirei pesadamente, ouvindo uma terceira pessoas entrar na sala.

- Filho! - gritou meu pai com um grande sorriso no rosto. Eu corri até ele e o abracei com força. Meu pai era como se fosse meu herói, meu melhor modelo e meu melhor amigo.

- Pai! Não foi trabalhar hoje? - perguntei assim que nos afastamos.

- Me dei o dia de folga. E você?

- Também - eu e ele rimos juntos e minha mãe continuou olhando pra nós dois. Logo seus braços estavam cruzados e sua expressão não estava nada feliz.

- Desmond, tem como você dizer pro seu filho que ele está errado pelo menos uma vez?

- Mas querida-

Laggies | lwt+hesOnde histórias criam vida. Descubra agora