E fiquei pensando naquele sonho e em Aufredo, naqueles olhos azuis, eu não via a hora de amanhecer e chegar logo à tarde. Mais a noite parecia não ter fim.
No outro dia quando eu estava passando enfrente a casa dele para ir à escola, ele me chama e pergunta:
- você teve algum sonho comigo ou com meus familiares?
Eu fiquei com vergonha e quis mentir, pois eu estava começando a gostar dele, então falei:
- não Aufredo, eu não sonhei com você e nem com seus familiares. Porque a pergunta?
- por nada não – diz Aufredo.
Despeço-me dele e vou para a escola. Como eu vou sozinha, pela primeira vez eu tive medo a caminho da escola. Quando passei pela porta da escola, eu vi um volto correndo atrás de mim.
E fui caminhando bem rápido pelo corredor, enquanto eu caminhava conseguia ouvir meus passos ecoando pelos corredores da escola, eu me apavora e saio correndo para a minha sala de aula.
Chegando à sala o professor Lucio perguntou oque estava acontecendo, eu falei que não era nada e que eu só corri porque eu estava atrasada. Quando sentei em minha carteira, minhas amigas insistiram em saber oque estava acontecendo, eu falei que não era nada, mais elas não acreditaram e também não insistiram mais em saber a verdade.
Quando eu estava no refeitório, eu não queria ficar sentada com ninguém, todos para mim estavam diferentes e eu não quis falar com ninguém a aula toda.
Na hora de ir embora, eu saio da escola e vou correndo para falar com Aufredo, eu cheguei lá tão assustada que ele achou que eu ia ter um treco. Ele perguntou oque tinha acontecido, e eu falei:
- Aufredo, alguém estava me perseguindo quando eu estava indo para a escola e quando eu voltava!
