Amanda é uma pessoa difícil, se você não pressionar, ela literalmente se fecha e eu acredito que meus amigos tínham uma parcela de culpa disso.
Estávamos bebendo no bar que ela tocava e eles faziam questão de tentar humilha -la.
- Palmas para a Avril Lavigne sem talento. - Rayane disse tentando chamar atenção dos outros no local.
- Para com isso, qual seu problema, hein? - Eu a advertí.
Amanda guardou seu violão e foi em minha direção.
- Não preciso que me defenda, princesa. - Disse com cara de poucos amigos, pegando o cigarro que estava na mão de Rayane e o levando a sua boca.
Rayane a olhava com certo medo, enquanto Amanda saía com aquele sorriso cheio de malicia. Ela podia parar de fazer isso, pelo menos na minha presença. Tinha uma relação de amor e odio com aquele sorriso.
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Amanda
- Ta, mãe.... mais tarde. Eu também te amo. Ta, mãe.... Eu ligo... - Só tinha apenas uma semana que não aparecía na minha mãe e ela quería que eu fosse visita-la, mesmo porque, eu passei o dia com a isa e não a vi.
Abrí o armario procurando o café e me estressei por ter acabado. Enquanto xingo minha própria falta de atenção, ouço o interfone.
- Ta muito cedo, volte mais tarde. - Eu disse dispensando seja lá quem fosse.
- Trouxe café. - Era a voz de isa, eu já estava super estressada e ela ainda tinha a coragem de bater na minha porta. Qual o problema dessa menina de querer visitar os outros tão cedo?
- Só te deixei subir por falta do café. - Eu disse tirando de sua mão o café que exalava um cheiro de canela. Ela sabia que era meu preferido.
- Só não vai se acostumando, estou aqui sendo profissional. - Ela disse com um bico, se fazendo de difícil. Eu tentei não aparentar mas sorri, um sorriso contido, mas que ela sabia decifrar.
- Tem alguma ideia, senhorita profissional? - Ironizei.
- Na verdade, sim. Podíamos contar nossa história. - Ela disse temendo que minha resposta fosse negativa e claro que foi.
- Definitivamente não. - Me alterei - Não quero sair contando a todos que fui largada pela minha namorada e ela voltou um ano depois namorando meu irmão. - Ela abaixou a cabeça e senti meu sangue subir. - Obrigada pelo café, não sei nem como conseguiu meu endereço. Vai embora, isa.
- Seu irmão me trouxe. Vem comigo. - Ela me puxou pelo braço me levando até o carro.
Entrei confusa.
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- Pra que me trouxe aquí, isa? - Perguntei meio que de saco cheio.
- Pelo mesmo motivo que só você me chama de isa. Temos uma história que foi incrível. - Ela me levou pra casa onde ela morava na época que namorávamos, era lindo, tinha uma piscina enorme, um jardím maravilhoso e a casa era totalmente de madeira, era tudo muito lindo.
- Brincamos muito aquí... - Me perco em pensamentos.
- Não só brincamos - ela abriu um armario de onde tirou uma garrafa de tequila.
Ta, eu cedi a ela, eu cedi a bebida, a música, a dança...
Ficamos assim até ficarmos bem bebadas. Ela saiu correndo e pulou na piscina, eu fui logo atrás e em uma brincadeira e outra,estávamos ali. Tudo escuro, já passava das 21 hrs, a água gelada e o álcool na mente, mas não fiquei com frio, ela estava perto demais para que sentisse o gelo daquela água.
- Acho que estou bebada. - Falou passando a mão em meu rosto.
- Estamos sim. - segurei em sua cintura e me aproximei de sua boca.
Nos beijamos, parecía que tudo que eu sentia por ela, tudo que estava dormindo todo esse tempo, voltou e voltou em um beijo apaixonado.
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Ela Sempre Volta
RomansIsabela tem 24 anos, é libriana, formada em música e leva uma vida voltada a isso. Amanda tem 23 anos, é escorpiana, formada em música e também leva uma vida voltada a isso. Mesmo objetivo, mesmo sentimento. O que faria se tivesse que realizar...