Anonymous | Shawn Mendes

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shawn.

Eu encarava meu punho enquanto minha garganta criava um nó e minha respiração se falhava aos poucos. Todo mundo olhava chocados com o que acontecera, inclusive os garotos.

— Olha o que você fez, Shawn! — Nash diz com raiva.

Eu não tinha nem forças para retrucar o que ele dissera, porque era verdade. Eu fiz aquilo. Eu vi, ele viu, Hope viu. Senti duas mãos nos meus ombros, me guiando para fora da rodinha que se formara.

— Cara, não foi sua culpa. — Aaron fala. — Ela se meteu na frente, não foi sua intenção.

— Eu... — minha voz fica fraca. — Estraguei tudo. Eu nunca deveria ter aceitado essa droga de aposta!

— Eu sinto muito, bro. — Gilinsky abaixa a cabeça.

— Isso é tudo culpa de vocês! — grito, descontrolado. — Matthew, Cameron, Gilinsky, todos vocês!

— Calma, cara. — Dallas tenta me acalmar.

Eu sabia que a havia perdido por minha culpa, mas não podia negar que todos eles também tiveram uma parte dela. Eu sentia meu peito arder, de raiva, mágoa e arrependimento.

— Vocês sempre gostam de julgar as pessoas pela aparência, de ficar fazendo brincadeiras sem graças com todo mundo que é diferente de vocês! — explodo, dando uma risada irônica. — Ficaram anos pertubando uma garota porque ela quebrou o nariz do garoto que nem ao menos liga para vocês.

Eles estavam boquiabertos, e se eu não estivesse com tanta raiva também estaria. Me viro de costas, andando com passos pesados pelo corredor e entrando na sala de Inglês. Avisto Kaya que me encarara com uma certa pena mas a ignorei, sentando na minha carteira.

Arranco um papel do meu caderno e com a caneta vermelha, escrevo em letras grandes o título: COMO CONQUISTAR HOPE MARTINEZ DE VOLTA.

— Ei, Mendes. — ouço uma voz me chamar. — Quer ajuda?

— Com o que? — pergunto sem a olhar.

— Qual é, Shawn. — Kaya revira os olhos. — Eu posso te ajudar com aquela morena que você está cheio de amores.

— Por que quer me ajudar? — cerro meus olhos desconfiado.

— Éramos melhores amigos de infância. — bufa. — Para de ser chato, eu sou uma garota, eu entendo disso.

— Tudo bem. — me rendo. — Qual é seu plano?

— Depois da aula, na minha casa. — sorri satisfeita. — Leva seu caderno de música.

Assinto um pouco desnorteado e vejo a professora entrar, me fazendo afundar meu corpo na cadeira e suspirar fundo. Minha mente só conseguia pensar nela e em quanto eu amo o sorriso dela.