Capítulo 19.

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Agatha.

— Você não parece a mesma garota anti-social que vivia arrumando desculpas para não fazer amigos. — Comentei por cima encarando meu sorvete de baunilha. Ouvi um suspiro seguido de um riso baixo.

— Eu sei. Eu me sinto constrangida por isso. Eu só gostava de ser assim entende? Eu ainda sou, posso ter mudado em algumas coisas, mas a maioria ainda faz parte de mim. Andrew me deu uma motivação, ele me fez enxergar coisas que estavam aos meus olhos e eu não conseguia ver. Eu o agradeço por isso. Ele me mudou de um jeito bom e especial. Eu gosto do meu novo "eu". Descobri que não preciso forçar a isolação, haverá pessoas que se aproximarão de mim para o mal, mas, não será todas. — Mel sorri largamente evidenciando suas covinhas fundas e seus dentre brancos perfeitamente alinhados.

— Uaw! Vou agradecer meu irmão por isso também. — Sorri minimamente enquanto fitava a minha mais nova amiga.

Já haviam se passado duas semanas e diríamos que eu e Melanie nos tornamos amigas, ela era uma garota legal e surpreendente louca. As vezes tentava se fechar, mas eu insistia e ela voltava a ser oque era antes. Ficamos bem próximas. Eu me sentia feliz por ter uma amiga de verdade agora, era bom e confortante.

— Como andam as coisas com Hugo? — Melanie questionou atraindo minha atenção, senti minhas bochechas queimarem.

— Normais.

Falei por cima, mordendo meu lábio inferior fortemente, o fazendo sangrar.

— Calma sua masoquista! — Mel riu jogando um papel em mim, inchando as bochechas rapidamente em uma expressão totalmente fofa.

— Não faça coisas fofas assim amor. — Ouvimos uma voz grave pronunciar e logo a figura do meu irmão apareceu, trajando um de seus costumeiros ternos caros.

— Hey você. — Melanie se pronunciou, se colocando de pé.

— Hey você. — Devolveu meu irmão, selando os lábios aos dela.

Eles eram tão fofos juntos. Não queria atrapalhar o casal, também não queria ficar segurando vela, então levantei da cadeira, pegando minha bolsa, virando-me para eles.

— Bom, eu já vou. — Falei rapidamente beijando a bochecha de ambos. — Drew paga meu sorvete.

Corri rapidamente para o carro, ainda podendo ouvir meu irmão me chamar de folgada, fazendo-me rir. Adentrei o automóvel começando a dirigir para o meu apartamento. Ao chegar lá, tomei um banho me jogando na cama, pegando qualquer coisa para comer, ligando a TV a seguir. Ouvi a campainha tocar e levantei do sofá, na maior lerdeza do mundo, indo atender a porta.

Abri um imenso sorriso ao ver Hugo parado ali, e o deixei entrar. Digamos que eu tenha um penhasco por ele, desde que eu era uma adolescente e ele frequentava minha casa, por ser amigo do meu irmão. Acho que ele nunca deve ter notado o quão boba eu fico perto dele, ou até o quão nervosa eu fico. Eu esperava que em algum momento ele me notasse, mas não estava tão difícil e eu podia dizer que estava no caminho.

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Minha Pequena Salvação - Pausada Por Tempo Indeterminado. Onde histórias criam vida. Descubra agora