Ostium.

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EU ESTOU VIVA MINHAS PPKQUINHAS BRASILEIRAS

COMO VOCÊS ESTÃO???????

FODA-SE EU NÃO LIGO

PREPARADOS PARA TRANCAR  O CU?

ESPERO QUE SIM

BOA LEITURA NESSE CARALHO DE PORRA SECA




Um vento fresco atingiu a face da cubana, despertando-a.

O peso em seu busto era agradável. As pálpebras fechadas - praticamente afundadas na camiseta da latina - impediam Camila de assistir seus olhos verdes. Além do rosto, os braços de Lauren lhe seguravam de forma possessiva.

Depois da noite bem agitada que tiveram, ela teve que banhar Lauren. A hispânica estava tão fraca e desnorteada que mal teve forças para tomar uma ducha sozinha. Ela estava sofrendo demais com o falecimento de Mike. Apesar de terem se passado mais de quatro meses da morte de seu pai, Lauren não tinha aceitado o ocorrido ainda. Eles compartilhavam um vínculo único e o jeito bruto que ele faleceu não ajudava sua filha a digerir o assunto.

Camila suspirou, profunda. A claridade se infiltrava sutilmente pelas cortinas do quarto, não deixando o cômodo tão escuro e sem luminosidade. Fitou o banheiro, agora vendo a luz da rua refletir entre os azulejos, adentrando pela janelinha. Daquele ângulo que estava, ela conseguia enxergar o espelho, o mesmo pouco visível horas atrás graças ao breu infernal.

Após o episódio de ontem, ela passou a prestar mais atenção nos detalhes da casa do que fazia anteriormente. E concluiu que tudo pareceu mudar de posição, como se aquele lugar tivesse criado vida e decidido aos sussurros que iriam perturbar Camila, pregando-a uma peça. Em todo aquele tempo, a latina jamais tinha visto o espelho da cama, daquele posicionamento.

A hispânica abriu os olhos, encontrando uma face tensa da latina. Parecia perdida. Apoiou-se de leve em seu queixo, vendo seu próprio reflexo nas íris castanhas. Não conseguiu sorrir, pois uniu as sobrancelhas quando deparou-se com a imagem turva do espelho do banheiro. Camila olhava diretamente para lá, tanto que nem havia notado que a hispânica já estava desperta.

A ação, no entanto, serviu para explodir uma cena que Lauren havia visto anos atrás. O rosto, a forma exata daquele homem apareceu tão focado na mente da hispânica que ela se assustou.

- Nós dois sabemos do caos que está sendo, Lauren. - Disse Martin. A hispânica olhava para ele, em uma concentração fora de si. O homem parecia histérico e insano, igual a um suicida, prontíssimo para pular da ponte depois de uma vida completamente desgraçada. - Você não pode deixar isso acontecer.

- Eu não tenho uma prova concreta de que aquilo vá funcionar ou resolver alguma coisa. - Objetou. Ela via muito bem o desespero no rosto do homem de quase cinquenta anos. Estava velho, desgastado. - Vai colocar vidas em risco.

- Você não seria a melhor de Oxford se não soubesse dos perigos de sua profissão. - Decretou. Era claro que ela sabia dos contras, mas esperava que ele não notasse isso. - As chances da OMS conseguir isolar a Peste, caso se ela conseguir se alastrar, são mínimas. Eu preciso que você teste a sua vacina.

Superficialmente, qualquer pessoa que visse a situação de longe e não conhecesse Martin, teria certeza absoluta de que aquele homem estava implorando por uma vida célebre e regada de holofotes. Chegariam na conclusão de que a quase cientista ao seu lado, o daria a vacina e o deixaria testar em pessoas saudáveis, para assim no final das contas, ele levar o crédito completo e ser declarado o homem que erradicou a Peste Negra no mundo.

Essa hipótese cabia somente aos que não o conhecia. Já pela perspectiva de Lauren, uma garota que o acompanhou durante muito tempo, tudo que ela conseguia ver nos olhos, no rosto, na alma daquele velho cientista - era medo e apreensão.

When The Devil Calls - Short Fic (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora