Seus braços, agora com as partes em que as pulseiras haviam sido colocadas atadas por fitas adesivas brancas, não conseguiam se mover. Ainda sentia as agulhas ali, apesar de não estarem. O choque da máquina havia passado, porém a testa ainda latejava. O horror que vivera há pouco marcaria sua vida para sempre. Ele nunca esqueceria a dor que aquela praga o fez passar!
- Querido. - Cumprimentou ela, entrando no quarto com uma tigela de sopa.
Ao ouvi-la entrando, Alex se manteve onde estava, o que estava sentindo, além da dor física, era o mais profundo medo e ódio por aquele demônio que o mantinha naquele lugar.
- Querido. Pensei que talvez estivesse com fome essa noite. -Se aproximou da cama ainda aguardando uma resposta. - Você está bem?
- Volta para o inferno. - Ela o ouviu dizer.
Meriane suspirou.
- Você nunca irá me entender não é?
Aquela era uma pergunta de se indignar para Alex! Como alguém, sendo até a pior das bestas, poderia esperar que alguém que estava sendo torturado compreendesse seu torturador? Especialmente sendo por puro prazer?
- Me deixe em paz. Estou implorando! - Ele apenas desejava que aquilo acabasse. Que pudesse dormir em paz e acordar sem ouvir a voz de Meriane. - Como algo como aquilo pode te dar prazer?
- Não estou aqui para te torturar outra vez.
- Sua voz é uma tortura!
Por um momento ela se silenciou. Depois declarou assustadoramente:
- Não vou deixar que me trate assim! Vai dormir essa noite e descansar o dia todo de amanhã. Mas ao anoitecer... Já sabe. - Terminou o aviso sussurrando no ouvido de Alex. - E desta vez afirmo que será para meu prazer!
Meriane saiu do quarto deixando Alex com dúvidas.
Era assustador saber que a única pessoa a quem ele podia falar alguma coisa, pedir e até ter contato fosse Meriane. A quem ele nutria pavor.
Ela havia deixado a tigela ali. Uma certeza ele sempre teve: Meriane queria tortura-lo, não mata-lo. E isso poderia ser pior.
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Táticas Cruéis Para Se Amar
General Fiction[PARADO POR UM TEMPO] Ela ama. Ama fazê-lo sofrer fisicamente, ouvi-lo gritar de dor. Ele já perdeu as esperanças de poder fugir da sádica que o aprisiona. Mas como essa relação doentia pode sequer existir? Até que ponto ela pode ser mais cruel? S...
