Capítulo 5 - Sem entender

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Molly após ouvir o que Robert disse pensa que é brincadeira de seu amigo, após perceber que era verdade não consegue ter outra reação além de chorar compulsivamente.

Robert fica sem entender a reação de Molly e tenta acalma-la.

Molly naquele momento se sente tão traída e traidora ao mesmo tempo, é uma mistura de raiva, ódio e angustia que só uma pessoa que já passou por isso realmente sabe, se sentia suja por ter feito o que fez e um fantoche por ter sido apenas usada por pessoas que ela conhece desde que nasceu. Seu coração pedia abrigo e tempo para assimilar tudo que estava acontecendo naquele momento e como conseguir se está tão longe de casa. A única pessoa que poderia lhe estender a mão e dar um ombro amigo é aquele em que ela deve uma grande explicação, e como explicar isso se nem ela mesma está entendendo?

Após a crise, Robert exige uma explicação pelo que acontece. Molly ainda se tremendo de raiva diz que irá explicar tudo a ele assim que chegarem em casa. Ela não queria que essa notícia abalasse o trabalho de Robert, sabendo que caso contasse a ele provavelmente não conseguiria.

Chegada em Emerald

Molly desce do avião e não espera Robert terminar de se arrumar, em seguida pega o primeiro táxi que passa e pede para o taxista ir o mais depressa para seu condomínio.

[Taxista] – Aonde deseja ir senhorita?

[Molly] – Condomínio Emerald, o mais rápido possível, lhe dou 100 dólares caso chegue em 10 minutos.

[Taxista] – Aperte os cintos.

O condomínio onde Molly morava ficava a 40 minutos do aeroporto. Molly parecia muito agitada e sem saber o que fazer, mudava o celular de uma mão para outra mais do que respirava. O taxista observando tudo pelo espelho pergunta

[Taxista] – Tem certeza que deseja ir a esse lugar?

[Molly] – Não, não, não sei. Continue a dirigir por favor!

[Taxista] – É algo com família?

[Molly] – Não

[Taxista] – É com namorado?

[Molly] – Não mais!

Quando chegaram, Molly abre a porta rapidamente e entrega o dinheiro. O taxista segura sua mão e diz:

[Taxista] – Não faça besteira!

[Molly] – Se eu precisasse do seu conselho eu teria pedido.

Puxa seu braço e entra rapidamente no condomínio transtornada, ela nunca tinha tratado nenhuma pessoa como tratou aquele taxista.

Chegando nos prédios vai em direção ao de Eva e sabe muito bem que a chave da porta fica em uma pedra falsa no vaso ao lado da porta para o pai de Eva quando chegar do trabalho.

Abre a porta e sai procurando Eva nos cômodos da casa e ver Eva terminando de se maquiar no espelho do banheiro para ir a uma festa.

[Eva] – Oi amiga, chegou na hora certa! Vem me ajudar com esse delineador maravilho...

Molly nem espera Eva terminar a frase e mete um soco em seu nariz, fazendo Eva cair derrubando todas suas maquiagens no chão ao tentar se segurar, o sangue pelas fossas nasais é imediato. Molly puxa Eva pela blusa, colocando-a na parede ainda sentada e tentando se recuperar do soco, pegou pelo seu pescoço e apertando forte, ver Eva ficando vermelha, o sangue que derramava pelas fossas nasais escorria pelas mãos de Molly, a única coisa que Eva fazia era implorar para Molly parar. Soltando o pescoço de Eva, vira-se rapidamente e a única coisa que ver pela frente foi o novo Iphone que Eva tinha ganhado a poucos dias de seus pais e não pensou duas vezes e arremessou no espelho. Eva deu um grito de desespero, naquele momento Eva preferia ter levado outro soco a perde aquele celular. Eva se joga no chão e pega em suas mãos o seu celular todo trincado e fica jogada chorando em meio aos estilhaços de vidro, enquanto Molly sai da casa.

Molly sabia que mesmo sem falar uma palavra para Eva seu recado estava dado. E entra em sua casa e senta no sofá, e a verdadeira Molly foi voltando aos poucos, depois que se deu conta do que fez olhou para suas mãos e não acreditou no que fez e se desesperou novamente chorando no sofá, porém muito mais leve que antes.

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