The Six

Capítulo 12 - Dolorosa Reconstrução

1 mês depois da morte de Allef.

Robert ainda continua muito triste e despedaçado, porém tendo que voltar a sua rotina obrigado. Vive sua vida como um hamster brinca com sua roda, sempre fazendo as mesmas coisas sem perspectiva. De casa para o trabalho e vir-se versa. Apenas sobrevivendo dia após dia, sua vida não tem mais sentido sem Allef, seus dias não eram coloridos, seus sonhos foram ofuscados pela perda, sentia dores que não poderiam ser curadas com remédios. Suas noites eram atormentadas por uma crise de insônia, então se dopava para conseguir dormir um pouco. Como ele queria ser alcoólatra naquele momento para esquecer seus problemas como toda pessoa normal fazia, porém repugnava até o cheiro de álcool perto de si.

E como não pudesse piorar a situação sua mãe o pressionava diariamente perguntando quando iria namorar ou apresentar ela, e contava seus sonhos de ser avó e ver ele casado com uma bela moça e Robert sabia que não poderia realizar o sonho de sua mãe, já que tinha destruído o sonho de sua mãe dele ser médico. Robert se sentia um inútil e incapaz de fazer alguém feliz.

Eva continua se recuperando e muito melhor agora, já pode fazer a maioria de suas tarefas domesticas. Está quase ficando maluca por está apenas em casa.

Eva liga para Robert pedindo para ele leva-la ao bosque.

No dia seguinte

Robert vai à casa de Eva e juntos vão ao bosque próximo ao condomínio.

[Eva] – Como está o coraçãozinho?

[Robert] – Quebrado!

[Eva] – Sei como se sente, meu avô era uma das pessoas mais próximas, uma pessoa que eu poderia contar para tudo e quando ele se foi meu mundo desabou. Ainda bem que eu tinha meus pais do meu lado naquele momento ou eu teria feito algo bem pior do que eu fiz. Eu tentei várias vezes me suicidar principalmente com remédios para dormir, pois não dói e é bem rápido, a pessoa dorme e sua dor acaba para sempre. Porém nunca faça isso.

[Robert] – Não vou mentir. Já pensei em fazer coisas como essas. Mas sei que não vale a pena.

[Eva] – Verdade, tomar 10 pílulas para dormir não vale a penas mesmo. Nós iriamos sentir muito sua falta e chorar muito principalmente eu.

[Eva] – Naquele dia em que tudo aconteceu dava para ver a alegria de Allef nos olhos, em ter você. Acredito que onde ele estiver deve estar muito orgulhoso de você, por ter ficado do lado dele até o fim, assim como ele faria por você.

As primeiras lágrimas escorrem pelas bochechas de Robert e Eva as enxuga delicadamente.

[Eva] – Ele se apaixonou pelo cara forte, destemido, alegre e sonhador que sempre foi e tenho certeza que ele iria querer que você continuasse o mesmo. Você tem que tomar uma decisão, você continua ou para sua vida por aqui mesmo.

Robert concorda com a cabeça baixa.

[Eva] – E o ladrão, encontram ou descobriram quem era?

[Robert] – Não, a moto estava sem placa e como ele usava capacete não deu possibilidade para identificar o rosto pelas imagens da câmera de segurança.

[Eva] – Que pena, deveriam punir sem pena esse americano, uma pessoa que tem coragem de fazer uma crueldade dessa não tem coração.

Robert olha rapidamente para Eva e lança uma dúvida.

[Robert] – Como você sabe que é um americano?

Eva congelou por alguns segundos, sem reação e com aspecto assustado responde;

[Eva] – Pelo sotaque quando pediu para ficarmos parados. O importante é que eu estou aqui e pode contar comigo para tudo.

Então Eva dá um abraço apertado em Robert como uma sucuri dá em sua presa antes de devora-la.

Robert deixa Eva em sua casa em segurança. Eva entra em sua casa tranca a porta e faz uma ligação.

[Eva] – Ninguém te viu, para sua sorte. Você vacila demais, tem que sair como planejamos. Também te amo, tchau.

Após desligar o celular Eva vai a geladeira pega uma cerveja e se senta no sofá e olha para seu braço em que foi atingido pela bala.

[Eva] – Desgraçado, tenta roubar meus fornecedores, me matar e depois diz que é acidente acha que eu sou otária. Ele não me conhece mesmo, cobra para me matar tem que ser mais venenosa que eu, o que é dele está guardado.