Estupro

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Pov, Lily.

   À princípio eu não conseguia entender o motivo do sequestro, até que pude associar à Sook quando ele mencionou Ren, assim me mantive no completo silêncio para que eu não o prejudicasse de alguma forma.
   Aquele gangster retirou a amordaça de minha boca, encarando-me entre suspiros, pôs-se a minha frente ao curvar-se. Estava tão próximo ao meu rosto, que eu pudera sentir o cheiro do seu mau hálito.

— Me diga, onde está o Ren. — Lágrimas desesperadas banhavam a minha face enquanto sentia a ardência do local agredido. Apenas neguei com a cabeça. — Não vai me dizer, vadia? — Depositou um tapa em meu rosto ao me insultar.

— E... Eu não o vi hoje... — Sussurrei entre soluços.

— Mentira! — Ele gritou ao depositar outro tapa em emu rosto, no entanto, do outro lado. — Ele estava na sua casa, não é? Iam passad a noite juntos! Eu persegui vocês a semana inteira! — Arregalei meus olhos, agora não haveria mais saída. Então tomou em suas mãos meu celular passando a ligar para Ren informando-lhe do sequestro.

• Telephone Line On •

Sequestrador: Alô? Ren? Quanto tempo, não é mesmo? Pois então... estou com a sua amada namoradinha aqui no meu barracão. Não quer vir buscá-la? — Gargalhadas.

Ren: O quê? Por que a sequestrou, seu maldito! Se acontecer alguma coisa com ela...

Sequestrador: Você vai fazer o quê? Hum? Você é uma mocinha, lembre-se disso! — Gargalhava novamente. — Se você não estiver aqui em vinte minutos, ela morre!

Ren: Me deixa falar com ela, pelo menos.

Sequestrador: Terá muito tempo para falar com ela assim que chegar aqui. Só que não.

Ren, não o ouça! Não venha atrás de mim!

Ren: Lily? — Ele gritu no telefone.

Sequestrador: Cala a boca, vadia! — Gritou como resposta para mim. — Já disse quanto tempo você tem. Iniciarei a contagem a partir de agora. Bye!

• Telephone Line Off •

   O sequestrador pôs-se a minha frente novamente após desligar o telefonema. Fitava-me nos olhos analisando cada traço, expressão, detalhes da minha face.

— Vamos ver o que podemos fazer, até seu amado chegar. Se chegar, é claro... — Soltou um riso malicioso ao dar um sinal para que os outros rapazes se retirassem do local.

   O desespero me veio a tona. Receava que ele me torturasse da pior maneira. Eu gritava em pedido de socorro embora ninguém pudesse me ouvir enquanto me debatia na tentativa de me livrar das cordas. Seus lábios tocaram os meus, assim tentou intensificar o beijo, no entanto, não correspondi.
   Eu podia notar que seus olhos despejavam ódio sobre mim, na mesma forma que eu despejava sobre ele. Não hesitei, por impulso acabei por cuspir em seu rosto. Me revidou com um tapa sobre face novamente.
   Sua mão direita agarrava meus cabelos, e com a outra ele soltava os nós da corda que me prendiam na cadeira. Estava solta, menos neus cabelos, qual puxou para que eu levantasse da cadeira e fosse ao seu encontro, deixando nossos corpos colados. Por mais uma vez, insistiu que eu o beijasse, mas recusei.  Já sem paciência, não houve tapa, apenas um empurrão contra a parede, me pondo de costas para ele.
   O mesmo então retirava minha calcinha ao levantar meu vestido, permanecendo a segurar-me pelos cabelos, passou a penetrar-me bruscamente após abrir o ziper de sua calça. Não contive a piada que me veio em mente no momento, rindo antes de pronúncia-la.

— Ainda funciona depois do chute que eu dei? — Ele forçou fortemente meu rosto contra a parede, repuxou meus cabelos e continuou com as penetrações. Aquilo parecia me rasgar por dentro.

— Cala a boca, vadia! — Revirei os olhos, em seguida franzia a testa entre suspiros profundos antes de cerrar os olhos pela dor que eu estava sentindo. — Você só tem esse xingamento? — Continuei as provocações, qual o impulsionou a dar um tapa em minha bunda ao continuar com as penetradas bruscas e rápidas.

   O que ele não esperava, era que eu estivesse menstruada. Quando definitivamente gozou o suficiente naquela noite, pode notar o sangue que escorreu em minhas pernas, também sujando o seu membro ereto que logo ele colocara de volta por dentro da calça. Sua fisionomia preocupada surgiu em segundos, o medo de ter ferido-me dominou-lhe a mente.

— Puta que pariu, que merda é essa? — Dei de ombros ao abraçar minha barriga com a dor que mais parecia uma explosão.

— Acho que você me machucou... — Sussurrei mordendo o lábio inferior para não soltar um riso da situação.

— Puta que pariu. Volta para a cadeira, vai! — Agarrou-me pelos cabelos novamente e me pôs sentada sobre a cadeira de madeira. Amarrou-me com as cordas, em seguida, caminhava de um lado para outro pensativo no que acabara de fazer. — Inútil mesmo, não serve nem para ser estuprada. — Engoli a seco a vontade de rir embora aquela sensação de nojo ainda predominava em meu corpo.

— Você quem foi bruto! — Revidei em seguida mostrei a língua, fazendo-o arregalar os olhos e fechar o punho para o alto, como se fosse me dar um soco, todavia, não o fez.

   Ecoava pelo local, o som de alguns esmurros sobre o portão de entrada ao barracão. Provavelmente seria Ren. Eis que o sequestrador então chamou os rapazes de volta à entrada do barracão para abrí-lo.
   Em prantos, Ren adentrou no local em passos acelerados, quase que em uma corrida, agachou-se à minha frente, e num espanto procupou-se com o sangue que escorria por minhas pernas.
   Quando virou seu rosto para fitar à sua volta com som da pigarreada do sequestrador, ele levantou-se lentamente com as mãos para o alto, à encarar a arma apontada em direção à sua cabeça.

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