Pov, Lily.
Não tendo mais recursos para chamar a atenção do garoto que recusava amar, depositou seu ciúmes sobre mim, empurrando-me ao chão para que todos vissem.
— Ela roubou meu namorado! — Passou a gritar quando me levantava pela segunda vez com a ajuda de Ren.
Empurrei o garoto para que ele não me segurasse, então a enfrentei como faziamos no Brasil. Parei a sua frente e apontei o dedo em frente ao seu rosto.
— Você não acha que já humilhou Ren o suficiente? Com essas de idas e volta. Toda vez que enjoa, você corre para outro garoto, sua puta? Deixa ele viver a vida dele, e para de fazer inferninho. Está feio para você! — Eu queria grudar nos cabelos dela, mas Ren muito paciente segurou-me pela cintura. Sentia meus pés fora do chão enquanto eu me debatia para que ele me soltasse.
— Não precisa de escândalos, Lily. Não rebaixe seu nível como ela. — Sussurrou abraçando-me carinhosamente.
— Não! Ela tem que ouvir para ela se tocar da puta que é! — Eu me debatia para que ele me soltasse, ela merecia uma boa surra. — Você já ligou o suficiente para ele ontem, e se ele não veio te ver, é por que você deixou de ser importante. Eu! — Batia em meu peito. — Eu sou importante agora! Desse valor enquanto ainda o tinha.
— Sua desgraçada! — Ela gritava, estava prestes a agarrar meus cabelos, mas Ren me colocou em suas costas, para defender daquela louca.
— Chega Sook. — Repousou a mão sobre o peito dela, dando um leve empurrão. — Ela é minha namorada. Eu já fui o seu namorado, três meses atrás. Ela não me roubou de você... você foi quem me perdeu com atitudes como essa agora. — Suspirou sentindo que ela parecia ter aceitado o fato, enquanto chorava apertando suas mãos fechadas. Provavelmente queria nos agredir. — Me esquece, por favor... eu tenho o direito de viver assim como voce vive.
— Mas você me ligou ontem! — Afirmou entre dentes.
— Ah, bem lembrado! Eu não te liguei ontem, eu estava com o celular no bolso, e quando ela sentou no meu colo, acabou ligando sozinho. Peço desculpas pelo ocorrido. — Assentiu após curvar-se em desculpas, segurando minha mão à me puxar para fora da roda de pessoas presentes na rua. Caminhavamos em passos pesados e rápido. Receava que ela viesse atrás. Provavelmente eu viraria um tapa naquela cara bochechuda dela. Revirei os olhos só de imaginar seu rosto em minha frente mais uma vez.
Passos sem fins, finalmente estavamos em frente a conveniência, qual adentramos imediatamente, entre as prateleiras procuravamos o que comprar para comer.
— Hey? Vocês dois viram a briga que teve lá embaixo? Acabei de receber uma mensagem que me contava. Duas garotas brigavam por um garoto. — O senhor atrás do caixa ria entre a curiosidade. Nos entreolhamos engolindo a seco.
— A briga era comigo, senhor. A ex-namorada dele ficou super irritada quando viu que ele havia levado sua vida para frente, ao invés de correr atrás dela. — Ren pigarreou.
— Acho que encontrei o que queria, baby. — Com um olhar nervoso, chamou-me para perto. — Não precisa contar esses casos para as pessoas. É vergonhoso. — Assenti como desculpa.
— No Brasil é tão normal que nem me dei conta do que fiz. — Comentei ao pegar uma cesta perto do caixa, deixando que Ren depositasse os salgadinhos e biscoitos dentro da mesma. — Estou envergonhada agora... — Sussurrei entre risos baixos.
— Importante é que esteja bem. — Acariciou meu rosto. — Se machucou quando ela te empurrou para o chão? — Neguei balançando a cabeça de um lado para o outro algumas vezes. — Certeza? — Insisitiu.
— Talvez eu fique com dor nas costas depois. Mas por enquanto nada... — Sorri depositando um beijo em seu rosto ao ficar sobre as pontas dos pés.
— Hey, baby? — Sussurrou em meu ouvido. — Você quer ser realmente a minha namorada? — Arregalei os olhos, cobrindo a boca com susto que eu tomara.
— Está falando sério? — Estava tentando me recompor, até observar que ele assentia sorridente. Não houve hesito, o abracei fortemente aceitando o pedido.
— Agora vamos para o caixa. — Piscou para mim ao segurar minha mão puxando-me para acompanhá-lo, onde no mesmo pagou o que iriamos consumir.
Na volta para casa, todos ainda estavam nas ruas, quando passamos, voltaram a comentar sobre mim.
Por um momento tive raiva, mas aquilo passou, pois agora Ren realmente seria meu. Não era mais uma pequena atuação para deixá-lo em paz. Meu namorado!
Um pouco cedo, eu sei. Eu o conhecia à dois dias. Mas sentia que faziam dois anos.
Seu beijo nos conectavam. Sua voz me dava conforto. O suficiente para que eu sentisse como se fossemos alma gêmeas.
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Yeoboseyo
FanficAlô? O suficiente para que esse telefonema errado de Ren, fizesse seu destino mudar a rota, cruzando com outro, ao lado oposto da linha.