A segunda feira, para o meu desespero logo veio. E como sempre lá estava eu, andando naquele corredor com olhares a me sercar.
Mas logo eu fui parada por um bando de garotas desalmadas, e suas piadinhas que sempre me derrubaram.
-Olhs só! A esquisita resolveu aparecer- disse Karolina a 'líder' delas.
-O que foi esquisita? O gato comeu a tua língua?- disse Jessica sua fiel 'seguidora'.
Então eu as ignorei e voltei a andar, más logo fui parada por Kat e Mirian que seguraram meus braços.
Então Karolina se pôs a minha frente, e segurou meu queixo forçando a olha-la.
-Nunca mas de as costas para mim!- Então ela socou minha barriga. E nisso se tornou uma sequência.
As pessoas passavam e riam, ou paravam para olhar e dar risadas ou simplesmente ignoravam. Eu queria chorar, más não me humilhei à tanto.
Então ela socou minha face, e sangue escorreu de meu nariz. E então ela socou minha face mais três vezes, e as duas que me seguraram me jogaram no chão.
A dor é enorme! Mas meu orgulho é maior!
Então mesmo lentamente eu me puz a levantar, abaixei meu capuz, e voltei a caminhar só que dessa vez rumo ao banheiro.
Quando eu cheguei no mesmo, eu notei que estava vazio e que lá se encontra Liliti, a 'pessoa' que eu menos desejava ver neste instante.
-Hahaha elas fizeram um estrago em você!- disse ela rindo, e se divertindo com minha dor.
-Hum- murmuro enquanto lavo meu rosto na pia.
-Eu não entendo por quê você não revida?- eu revirei os olhos.
-Violência só gera violência- então foi a vez dela revirar os olhos.
-Elas te dixam nesse estado, e você não faz nada!- então eu soltei uma risadinha.
-Por que, esta preocupada?- então ela fechou a cara e fez um biquinho emburrada.
O que aumentou meu sorriso, e a ela a raiva.
-Óbvio, que não- disse ela- eu não me importo se você gosta de ser um saco de pancadas!
-Não me enche!- uma raiva surgiu em mim.
-Você gosta de ser humilhada!- disse com sarcasmo- prefere se matar, do que fazer alguma coisa.
-CALA A BOCA- e assim eu soquei o espelho da parede do banheiro, o deixando em pedaços, e fazendo sangue escorrer de minha mão.
Então eu lavei o sangue, abaixei minha cabeça abaixo do capuz e fui para a sala de aula, aguentar piadinhas sobre o ocorrido.
Salve-me!
Eu estou caindo,
Afundando em minha escuridão
Totalmente perdida
Em minha mente vazia.
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Meus Demônios Me Torturam
TerrorSou anti-social, e solitária vivo em silêncio observando as discussões e brigas de meus pais, que estão a ponto de se divorciar. Sou odiada pelos meus colegas de classe, e ainda tenho que lidar com as minhas dores do passado.