Um turbilhão de sensações. Part 6

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Bash então me deixa no meu estado de espanto naquele quarto tentando compreender o que tinha acabado de acontecer.

Na visão de Bash:

O chamado de Catherine me surpreende, pois é raro. Ela sempre me detestando tanto, por ser o querido "bastardinho" do rei, precisar de mim para alguma de suas falcatruas.

-Meu querido Sebastian, preciso que me escute atentamente... Mary não pode se casar com Francis. Você precisa me ajudar a afastá-la dele. Eu não posso afirmar o motivo ao certo, mas você precisa acreditar que meu filho corre perigo com ela. E você pensa que eu não sei que vocês andam se amassando pelos cantos? Eu tenho olhos e informantes por todo o castelo. Nada passa despercebido por mim. Eu sei que você também quer que este casamento não aconteça. IMPEÇA!

E saiu caminhando firme com seu sapato rangendo no chão, com aquele ar de quem pode resolver todos os problemas do palácio.

Eu não sabia o que fazer, mas certamente não combina comigo entrar no caminho do meu irmão, só quero ter um momento com a mulher por quem me apaixonei, mas não pretendo impedir os planos de Mary e decepcionar o meu rei e o meu irmão.

-Voltei para o quarto e Mary já havia sumido. Será que eu fiz a coisa certa, em contar os meus sentimentos pra ela abordando-a dessa maneira?

Mary:

Saí desesperada pelos corredores me perguntando se estou me apaixonando por Bash, e me ligando de que acabei de fazer uma grande besteira.

A procura de minhas damas, quem encontro é Francis brincando de espada com seus irmãos no pátio, rindo muito e se divertindo bastante. Ele parece ser o príncipe perfeito. Tenho a impressão de que ele será um excelente rei.

Escondo-me por trás dos pilares que rodeiam o pátio e passo a observar esse amor entre irmãos, e a humildade que emana de Francis que eu não conhecia ou não me lembrava.

Distraí-me tanto com aquelas jovens crianças pulando e correndo entre o gramado que nem percebi que alguém se aproximava por trás de mim e cochichava no meu ouvido.

-Aproveitando um passeio pelo castelo, rainha Mary? Cuidado para não se perder, Majestade.

Era Francis com uma risada solta e descontraída.

- Podemos conversar?

Francis me leva até os vastos jardins do castelo, onde ficamos caminhando naquele sol de verão enquanto ele me dizia o seguinte:

-Mary, eu gostaria de pedir desculpas pela minha atitude na noite anterior. É que eu não estou acostumado, a estar comprometido com uma dama e meus deveres como delfim e a aproximação do meu reinado me assustam. Isso faz com que às vezes eu acabe tomando decisões equivocadas. Mas quero que você se sinta muito bem vinda aqui na corte. Se precisar de algo, por favor, conte comigo.

Encantada com a forma com que ele se explicou, acabamos nos entendo. A verdade é que assumir uma nação com tão pouca idade, assusta a nós dois.

-É muito gentil de sua parte Francis, senti saudade daqui. Vendo você com os seus irmãos brincando lembro-me de nós, como você era tão alto, e eu baixinha, vivia correndo atrás de você, agora somos exatamente iguais.

Acabei me lembrando da nossa infância e isso me deixou muito empolgada.

Um pouco preocupado, Francis não consegue deixar passar a sensação de insegurança com o futuro.

-Costumávamos brincar de rei e rainha e é difícil de acreditar hoje que isso está tão perto de acontecer.

E de repente ele passa uma ideia de que tudo que passamos quando crianças fosse ruim.

- Não haja como se isso fosse tão ruim assim...

-E não é, ouço comentários da corte toda sobre sua beleza e fascínio por parte dos homens.

Chego mais perto, e num impulso involuntário digo bem baixinho:

-Do que adianta impressionar os outros, se o meu futuro rei não se fascina?

Percebo uma mistura de desejo e seriedade no seu olhar, quando um guarda nos interrompe, requisitando a presença do delfim.

-Você é mais atrevidinha do que eu me lembrava, Rainha da Escócia. Disse, abaixando os olhos devagar com um sorriso vibrante e um tanto malicioso. Voltando ao seu normal, ele continua:

-O dever me chama. Encontramo-nos mais tarde Mary. Haverá uma janta em nossa homenagem.

Ele beija minha mão sem tirar aquele sorriso do rosto e o olhar do meu.

Repentinamente, penso que ele se sente no mínimo intrigado com a minha presença, e há algo nele que me faz esquecer o sufoco que acabei de passar. É forte. Meu Deus... Eu preciso parar de pensar nisso!

E então ele me deixa sob os feixes de luz da manhã e ao som dos pássaros cantando, e eu sei que quero de novo, sentir ele tão perto como hoje.

Mas ele não é o único homem que me deixou plantada com essa mesma sensação hoje, nesta mesma manhã.

Mas ele não é o único homem que me deixou plantada com essa mesma sensação hoje, nesta mesma manhã

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Pelo amor e pelo sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora