Vida por um fio. 15

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Hoje o dia está diferente, talvez, um pouco esquisito e pra piorar nem Francis e nem o Bash apareceram hoje. Apesar de tudo isso ser estranho, encaro meus pressentimentos e saio em direção aos aposentos do Bash para saber se ele não estava por lá.

No corredor de seus aposentos me deparo com alguns homens mal encarados, achei que fossem novos guardas do castelo e deixei de lado, mas eles me seguiam a cada passo que eu dava. Então resolvi parar enfrente a porta de um dos quartos e tentar entrar, quando dei por mim os homens estavam correndo atrás de mim.

Um deles me pega pelos braços com muita violência, o outro começa a me humilhar e dizer que chegou a minha hora:

- É rainha Mary! Chegou a hora de pagar por seus pecados.

Desesperada, comecei a gritar por socorro:

- Quem são vocês e o que querem comigo? Soltem-me. SOCORRO, alguém em ajuda!

- Verificamos o castelo antes e não tem ninguém que possa te ajudar, fizemos questão de entreter todos.

Comecei a chorar, sem saber o que fazer. Esses homens queriam me fazer mal.

- Agora vamos te levar para o seu quarto e você vai ficar quietinha ou morrerá antes mesmo da hora.

Enquanto isso um deles tapava minha boca para que eu parasse de gritar.

"Deus ajude-me, envie alguém a meu socorro, o rei, os soldados, até mesmo a rainha. Só não permita que algo aconteça a mim."

Eles me levam até meu quarto e um deles me imprensa na parede.

-Vamos ver se é mulher de verdade, e se é das boas.

Quando já havia perdido minhas esperanças, Francis resolve entrar sem bater na porta e vê aqueles homens tentando me fazer mal.

- Larguem-na! Quem são vocês e o que querem com a minha futura rainha? Saiam do meu castelo agora ou ordeno a execução de todos.

- Príncipe Francis? Mas o que... Você está sozinho e sozinho não é de nada. Vamos continuar e ninguém irá nos impedir.

- Não estou sozinho, nunca ensinaram a vocês que um membro da realeza não fica sem segurança?

De repente, Francis, os guardas e os bandidos entraram numa briga e alguns dos homens acabaram mortos.

Então os homens que estavam me segurando me soltam, e como modo de prevenção, resolvo ataca-los com algo próximo a mim, não tinha nada além de uma pedra que trouxe do jardim no primeiro dia em que cheguei do convento. Então uso a pedra para bater nos dois homens a minha frente. Não deu muito certo, eles vieram com tudo para cima de mim, mas Francis me salvou , tirou a vida dos dois homens com sua espada .

- Pronto Mary. Infelizmente era sua vida ou a deles. E eu jamais permitirei que façam mal a você.

Essas foram as mais belas palavras que já ouvi na minha vida, lagrimas caem do meu olho de tanta emoção e de alivio por nada grave ter acontecido.

Francis pega na minha mão e pede para sairmos daquele quarto, para irmos para fora enquanto limpavam a bagunça nos meus aposentos.

- Vamos sair daqui, e você nunca mais ficará nesse quarto. Passará para outro e ficará mais protegida com guardas ao lado e fora de seu quarto novo.

- Obrigada Francis. Fiquei com tanto medo naquele momento, que não pensei em nada além da morte.

Senti-me tão protegida ao lado dele! Ele enfrentou todos aqueles homens por mim. Mas também não paro de pensar onde estaria o Bash que não ouviu meu pedido de socorro.

-Eu sei que deve estar se perguntando onde esteve meu irmão que não veio te socorrer, mas ele esta fora do castelo. Recebemos um aviso de que estávamos sobre ameaça, então ele foi à frente cuidar do assunto. Eu iria depois, queria te ver antes.

- AH! Obrigada por me avisar, estava começando a pensar mal...

- Pois não pense. Eu te amo, mas nessa luta eu não irei ser desonesto.

Ele percebe que estou me sentindo bem ao seu lado, então se aproxima e acariciando meu rosto.

- Saiba que estarei sempre aqui por você quando você precisar. Sairei para uma possível batalha, mas antes não posso deixar de te...

Ele não chega a completar a frase, pois quando menos esperávamos, no impulso resolvi beija-lo.  


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Pelo amor e pelo sangueOnde histórias criam vida. Descubra agora