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Ótimo! Estou trancado dentro de um elevador e logo com quem? Com a loirinha que anda tirando meu sono ultimamente. Eu me escorei na parede do elevador e fiquei a observando, como já fazia desde que ela entrou no elevador. Logo percebi que havia algo de errado com ela, ela estava pálida. estava tremendo, transpirando e dando longos suspiros.

Felipe: Ei, tudo bem? - Perguntei ao por a mão em seu ombro e senti-la gelada. Ela só acentiu mas era visível que ela estava passando mal. - Encosta aqui, você não está legal! - Ela tentava falar mas não saia nada de sua boca. - Tudo bem, você tem claustrofobia? - Ela acentiu. Ela soava frio.

Carolina: E-eu quero sair daqui! - Sua voz saiu falhada, ela estava entrando em desespero.

Felipe: Tudo bem, olha pra mim. - Eu a encostei na parede do elevador e olhei em seus olhos. - Foi só uma queda de luz, logo logo a gente sai.

Carolina: Logo, quando? - perguntou quase chorando.

Felipe: Logo, olha vamos nos distrair.. E você nem vai sentir o tempo passar, ok? - Ela acentiu.

Me sentei no chão do elevador e ela se sentou de frente pra mim. Sugeri que contassemos um sobre o outro e ela com um pouco de custo aceitou.

Carolina: Você começa..- Falou ainda tentando puxar o ar que lhe faltava.

Felipe: Tudo bem, me chamo Felipe como você já sabe, tenho 23 anos e moro aqui a quase dois anos, tenho 1 irmão um pouco mais velho que mas ele mora em Cabo frio, minha cidade natal. Meus pais são os velhos mais bem vividos que eu conheço, vivem viajando e ao contrário do que muitos pensam, eu vivo do meu trabalho e não as custas dos meus pais. - Falei um tanto ressentido ao me lembrar de algumas coisas. - Sua vez! - Sorri.

Carolina: Você já sabe que me chamo Ana Carolina, tenho 21 anos e me mudei pra cá a quase 5 meses, tenho dois irmãos mais novos e minha mãe vem me visitar de dois em dois meses. Eles moram em Resende. - Sorri ao perceber a forma como ela fala dos irmãos e da mãe.

Felipe: Veio morar no rio por que? - perguntei já notando seu total entretenimento com o assunto.

Carolina: Vim atrás de um sonho junto com a Júlia e a Paula. - Sorriu pela primeira vez. Meu coração disparou no momento em que vi aquele sorriso.

Felipe: É.. e eu posso saber qual é o seu sonho ou é segredo? - perguntei tentando não me distrair com seu sorriso.

Carolina: Por que seria segredo? - perguntou e logo seu sorriso se desfez.

Felipe: Ah, tem pessoas que não gostam de falar pra não dar azar, dizem que não dá certo quando as pessoas sabem. - Dei de ombros e sorri meio sem graça. Ela me deixa desconcertado.

Carolina: Comigo não tem isso, quando é algo que se quer muito e você se esforça pra conseguir não tem que atrapalhe! Meu sonho é ser do Exército. - Ela sorriu estonteante. Acho que meu coração vai parar, ele não aguenta tanta emoção.

Felipe: Eu não ouvi direito, você disse que quer fazer parte do exército? - perguntei perplexo. Tô começando a achar que eu encontrei a mulher da minha vida!

Carolina: Sim, por que? - Me olhou. Seus olhos me encantam, tudo nela me encanta.

Felipe: Eu sou terceiro sargento do exército..- Falei quase sendo hipnotizado por sua boca.

Carolina: Sério? Eu nunca iria imaginar. - Sorriu desmonstrando surpresa.

Felipe: Pois é, eu, o Pedro, o Rodrigo, o Thiago, as meninas de ontem.. - Quando falei nas meninas seu sorriso se desfez e sua expressão mudou.

De repente o elevador voltou a funcionar e desceu, nos levantamos e o silêncio tomou conta de novo. Eu falei algo de errado? Chegamos ao térreo e ela foi falar com o porteiro. Fui buscar o Pedro na casa da Bianca e quando ele entrou no carro, sua cara não era das melhores.

Felipe: Que cara é essa, mano? - perguntei enquanto manobrava o carro.

Pedro: Acabou.- Ele falou sério, não parecia estar triste e sim com raiva.

Felipe: Por que? O que houve? - perguntei.

Pedro: Ela tem outro cara, outro! - Se alterou.

Felipe: Ei! Relaxa! Como assim? Como você descobriu? - perguntei.

Pedro: Tinham mensagens no celular dela, fotos.. A porra toda! Não quero mais falar disso, não quero mais que citem o nome dela perto de mim.- Falou irritado.

Eu acenti ainda espantado, nós voltamos pra casa, o Rodrigo tinha saído com a Alexia e o Thiago já tava apagadão. Fui pro meu quarto e me joguei na cama. Não sei por que mas meus pensamentos agora só tem uma dona, a Ana Carolina! Aaah loirinha! Seu sorriso me dispertou algo que eu nunca senti nem pela Bárbara e nem por nenhuma outra garota. Em meio a tantos pensamentos acabei caindo no sono.

De repente amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora