O Sangue da Vingança

Third Blood Drop

- FILHO! - quando a senhora Jeon notou que ele havia desmaiado no chão e uma moça o segurava, gritou indo até os dois. - Largue ele! - foi ríspida empurrando a serva para longe de sua cria, e o pegou em seus braços. - Meu querido, por favor acorde! - implorou balançando o garoto. O rei espantado com a situação ordenou que prendessem a mulher que o servirá o chá, mesmo que esta fosse inocente. Os guardas a levaram em meio a gritos e logo Yoongi foi até o chaleiro onde estava o líquido, o cheirou e sentiu o leve aroma do veneno.

- É cianeto, Majestade. - falou para o rei, que assentiu preocupado vendo sua esposa derramar o choro sobre o filho que começava a convulsionar, preocupando a todos.

Nequitia estava jogada ao chão espantada, sem conseguir digerir o que acontecia, mas ao ver o garoto se debatendo não pensou duas vezes antes de se levantar chamando atenção de Yoongi.

- Eu conheço o antídoto para cianeto! Por favor, me deixe cuidar dele! - implorou com pavor nos olhos.

- Faça o que quiser, só salve meu filho! - senhora Jeon gritou desesperada.

- Saiam de perto dele. Agora! - gritou para todos os curiosos e afastou a mãe de Jungkook que chorava sem cessar. - Pegue um travesseiro, qualquer coisa que dê para apoiar a cabeça dele. - pediu a Yoongi vendo-o sair dali rapidamente voltando com o que havia-lhe pedido.

Nequitia pegou a nuca de Jeon e depositou sobre uma almofada que a foi entregue, começou a afrouxar a camisa deste, abrindo alguns botões para facilitar a ventilação e começou a observar se ele também respirava, o que felizmente sim. O virou de lado deixando que a língua caísse e virasse de volta, assim liberando passagem de ar. Ele estabilizou alguns instantes depois.

Nequitia pegou um papel toalha e limpou toda a saliva que havia escorrido pela boca do homem juntamente com o sangue. Jeon desmaiou novamente e todos começaram a se apavorar achando que havia falecido de vez.

- Ele está vivo, mas precisa de cuidados e do antídoto. Levem-no para a cama, irei preparar tudo. - os guardas obedeceram sem contestar e o levaram dali. Os pais subiram junto com o filho, assim dando privacidade as servas.

- Preparem uma água morna e panos macios, também levem apenas a água quente na chávena, volto em alguns minutos. - as outras servas assentiram vendo a garota correr para fora de casa.

Nequitia sentia a falta de fôlego em seus pulmões, mas não se importava, estava aflita demais para achar seu irmão. Bateu na porta e entrou de supetão vendo Taehyung deitado e lendo um livro qualquer. O homem não havia ido para o chá, ao menos sabia o que acontecera durante ele.

- Cadê o antídoto, Tae? - perguntou mirando os olhos para os cantos da casa na intenção de acha-lo.

- Espera! - levantou feliz e indignado com aquilo. - Você não vai salvar o rei, não é? A quanto tempo eu esperei por isso, céus! - clamou.

- Não, vosmecê não tem escrúpulos?! O seu amigo que está morrendo! Então me dê a merda deste antídoto Taehyung, antes que eu quebre seu pescoço. - o mais velho nem ligou com a ameaça, o susto tinha sido maior que a provocação da mesma. A jovem achou o vidrinho com o conteúdo que ela precisava e saiu dali às pressas sendo seguida pelo irmão.

Correu pelas escadas chegando no quarto onde algumas pessoas estavam. Avistou o príncipe na cama e foi até ele, sem a permissão de ninguém do local, começou a terminar de desabotoar a camisa, a arrancando do garoto com força para que fosse com mais rapidez.

Pegou os panos macios e mergulhou na água morna. Jeon suava todo o liquido de seu corpo e tremia com intensidade. Passou pelo rosto do jovem, deixando sua pele úmida, mas livre do suor. Desceu para o pescoço suavemente indo para o peitoral do jovem, que tinha um porte malhado. Sua pele era clara e a água só reluzia mais seu corpo com os últimos raios de sol; a serva queria poder toca-lo, porém estava sendo vigiada por todos ali. Mentalizou que algum dia devesse desfrutar do corpo do moço, não era nem um pouco de se jogar fora. Contudo repreendeu a si mesma por tal pensamento, pois devia se manter longe do príncipe.