- Você acha que pode me amar assim? - Sorri enquanto beijava seu ombro exposto.
- Posso, Pat. Você continua tendo o mesmo corpo doce de sempre.
- Morango com chocolate, Pete! - Me afastei pra olhar seus olhos - Não, continue enquanto ainda posso ficar. Quero sentir você mais uma vez... - Apertou meu cabelo entre os dedos. Sua silhueta arquejando em meus braços.
- Eu senti tanto a sua falta. Do seu calor, dos seus beijos e carícias Pat. Não aguento mais fingir uma relação com o Príncipe. - Suspirei em seu ouvido - Preciso que você volte e fique, que nunca mais vá embora.
- Vamos aproveitar o momento Pete - Tirou minha roupa com pressa. - Não é a hora certa pra discutir o passado e nossos erros. Vamos só nos amar intensamente, como nos velhos tempos.
Sim, era tudo o que eu mais queria naquele momento.
Era o que eu vinha sonhando há tempos.
Eu e Pat mais uma vez colados pelo suor, pelo movimento dos corpos em perfeita sincronia, pelos suspiros e gemidos que deixavamos escapar, o brilho do Sol em sua pele clara. O cheiro de grama e terra molhada. Os lábios entre abertos e de vez em quando mordendo o lábio inferior, seus olhos fechados, o rosto com expressões de êxtase levemente corado.
E o que mais me deixava louco, sua voz em tom rouco.
- Sabe Pete - sussurrou deitando ao meu lado com a respiração descompassada. - Eu sempre fui apaixonado por você. E quando estava com você, sentia uma química enorme entre nós.
Sorriu tímido. Acariciei sua bochecha dando um leve beijo em sua testa. Ele já se levantava vestindo sua roupa e eu o segui.
- Não consigo parar quando tem a química que nos mantém juntos. - Respondi olhando o céu azul sobre nós.
- Não consegue parar o que Peter?
- De te amar, mesmo quando é ele que está no comando, continuo te amando. É como os poderosos se apaixonam. - Segurei sua mão entrelaçando nossos dedos. - Vamos entrar? Estou com fome, não como nada desde ontem.
- Claro, vou aproveitar pra falar com Andy e tomar um banho.
Entramos na casa, fui direto pra cozinha preparar algo para nós, enquanto ele seguiu para o quarto.
- Andy...
Ouvi sua voz fraca, peguei alguns morangos e cortei em dois. Ainda tentava prestar atenção na conversa do loiro no outro comodo, apenas partes abafadas por um choro contido.
- Eu sei, eu sei... - Palavras incompreensíveis. - Me desculpe, me perdoe, eu realmente... - um suspiro forte - É tudo minha culpa, se eu não tivesse fugido naquela época... - Houve um minuto de silêncio, aquilo me agonizava enquanto passava pasta de amendoim em um pão e colocava ao lado do morango com um copo de suco. - Não, Pete não sabe. Não é uma boa hora Andy.
Parei o que fazia e me aproximei mais do corredor que dava ao quarto.
- Eu sei Andy, mas não quero machucar ele mais ainda. Eu o amo, demais, só Deus sabe o quanto. - Ele soluçou. - Tudo bem Andy, preciso ir. Tome cuidado com Brendon, por mais que o exorcismo tenha funcionado, ele ficou muito mais tempo ligado ao Príncipe, e de certo modo, esse desgraçado ainda pode mandar um de seus servos o controlar quando quiser. Eu os ouvi. Se cuida.
Corri de volta pra cozinha.
Me sentei em uma das cadeiras e afoguei meu rosto entre minhas mãos.
Deus, seja la o que é que tá acontecendo, me de um sinal! Um mísero sinal, me ajude. Tudo o que eu mais preciso agora é de forças pra salvar Pat e desligar beebo totalmente do Príncipe.
Logo o céu escureceu, o clima ficou frio. Algo me dizia pra ir embora, que ainda havia tempo de sobreviver.
Mas eu não quero deixar o Pat, não vou desistir dele tão fácil. Já cometi minha burrada quando mais jovem em relação a ele, não vou deixar isso acontecer de novo.
Aqui você não vai prosperar Príncipe, não enquanto eu estiver vivo e com esperanças.
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Show me my demon || Peterick
Fanfikce[Concluída] Se eu te pedir, você me mostraria do que sou capaz? Saberia lidar com alguém que não é acostumado a ver? Continuaria me amando do mesmo jeito? Então eu te peço, mostre-me meu demônio.