Setting Fires - Thiago Elias

F O U R

Thiago POV On

Eu estava um pouco deslocado nessa festa, meus amigos ainda não tinham chegado, aliás, cadê a livi e as meninas?

Comecei a pedir licença para as pessoas que estavam em meu caminho, era bastante difícil por conta do som alto, até porque é uma festa. A maioria ao meu redor já estava completamente bêbado, o que dificultou ainda mais a minha busca.

Decidi subir no sofá que tinha ali, assim teria uma visão mais ampla do salão, mas ainda sim, é gente demais, como eu vou achar elas nessa multidão?

Analisei mais um pouco, de grupo em grupo, e lá estava livi, ela parecia perplexa, assisti ela descer do banco em que estava em pé, e ir em direção a porta, um menino parecia segui-la, que merda é essa?

Desci correndo do sofá e tentei ao máximo seguir eles, mas assim como antes, era gente demais.

[...]

Consegui sair do salão, vi livi correr rápido, o menino a seguia enquanto dava risadas, caminhei silenciosamente atrás deles, o que ele é ou era dela?

Toda essa caminhada nos levou até uma rua, ela é silenciosa, faz muito frio aqui, todas as casas já estão apagadas, é uma rua totalmente silenciosa.

Livi parou, cansada, colocou as mãos em seus joelhos enquanto tentava recuperar o fôlego, o garoto foi se aproximando cada vez mais dela, me escondi atrás de uma árvore que havia em uma das casas.

- Quanto tempo, não? - O garoto disse enquanto passava as mãos no cabelo dela - Merda! O que eu faço?

- Sai daqui, Gustavo - Livi tirou as mãos dele de seu cabelo, fazendo com que o menino desse um risada enquanto olhava para o chão

- Você sabe que eu nunca te esqueci, não é? Você causou algo em mim, Livia.

- Acabou, ok? Sai de perto de mim, eu vou gritar - Ela disse enquanto se distanciava, até que ficou de costas para uma parede, ele ia se aproximando cada vez mais dela, não conseguia ver seus rosto muito bem, estava tudo muito escuro

- Que tal me ajudar a esquecer os problemas? Você sabe como… - O tal do Gustavo disse e logo em seguida tampou a boca de Livi, a mesma se debatia, mas nada parecia adiantar, ele era mais forte. Nesse momento, nesse exato momento, eu congelei totalmente, eu não estava em meu corpo, era como se eu não conseguisse realizar nenhum movimento, eu travei, minha boca estava  entreaberta, nada saía.

Livia se debatia loucamente, até que enquanto ele tirava as calças, e tentava fazer com que ela se abaixasse para chupa-lo, ela levantou sua perna e o atingiu no pênis, a mesma aproveitou essa chance e logo saiu correndo, Gustavo mal conseguia se mover por conta da dor, ele a xingava de tudo quanto é nome. Depois de um tempo ele se levantou, levantando as calças, colocou um cigarro em sua boca e começou a fumar, ele ria da situação, qual o tipo de doença dele?

Decidi sair de trás da árvore e tentar encontrar Livi, virei de costas para ele e fui caminhando, até que ouço alguém me chamar

- Ei, seu babaca! - Ele veio caminhando nervoso até minha direção, junto com a garrafa de cerveja em sua mão

- O que foi? - Perguntei parando e virando em sua direção

- Se você contar para alguém o que você acabou de ver, eu juro, eu juro que eu te caço, seu imundo - Ele dizia cuspindo na minha cara, o bafo da cerveja misturado com a fumaça do cigarro me fez virar o rosto, seu hálito estava insuportável.

- Não vira o rosto pra mim, sua bicha - Assim que ele terminou de dizer essa frase, levantou a garrafa de cerveja e deu com ela na minha cabeça, instantaneamente minha visão começou a ficar preta, senti uma dor insuportável na cabeça.