Camila Cabello Pov
Sabe aquela pessoa que faz seu coração bater mais rápido somente por ter alguém pronunciando o seu nome? Aquela mesma pessoa que só basta um sorriso para que você também sorria? Aquela que você ama somente por distância, pois ela não faz ideia do como você ama ela.
Lauren Jauregui era esta pessoa.
Eu sabia que a amava, na verdade acho que a palavra amor talvez seja muito forte. Mas Lauren Jauregui faz com que eu me esqueça como andar.
No colégio desde meu primeiro dia senti meu ar faltar só por ter aqueles lindos olhos verdes direcionados para mim. Posso estar exagerando, mas você não faz ideia do que ter Lauren Jauregui te olhando. Ela olha como se fosse sugar sua alma, igual os dementadores de Harry Potter porém de uma forma prazerosa.
Desde que meus olhos se focaram em Lauren, nunca cheguei a pensar em outras garotas que não fosse ela. Acho que nunca nem mesmo tive pensando em outra garota em toda minha vida.
– Mas você está bem? – Dinah pergunta ao telefone.
Sinto meu coração querendo sair de meu peito.
– La-lauren e-ela es-está be-bem? – pergunto a Dinah sentindo um aperto em meu peito.
Dinah não me responde, apenas continua escutando o que a pessoa do outro lado da linha dizia. Já estava a mais o menos por 3 minutos esperando Dinah ao menos dizer o que estava acontecendo. Foram os 3 minutos mais longos da minha vida. Foram até mais longos que os 3 minutos que são descritos no preparo do miojo, cujo 3 são só o tempo de ferver a água, então teoricamente o preparo do miojo não seria apenas 3 minutos.
– Fique calma. Respire fundo que chego aí em menos de 10 minutos. – Dinah diz finalizando a ligação. – Walz, sinto muito mas hoje não iremos para a aula.
Essas foram as últimas palavras da Dinah antes de acelerar seu carro como se estivesse em um filme do velozes e furiosos, como se a mesma fosse o Toretto, mas o Toretto não era tão ruim no volante como a era Dinah. Mesmo querendo que Dinah diminuísse a velocidade do veículo, o medo de que algo acontecesse com Lauren falou mais alto.
Mal tive tempo para pensar, e quando menos esperei Dinah já havia parado o carro bruscamente em frente a um lugar desconhecido por mim. A casa que havia ali não era muito grande, e não parecia um lugar onde um pessoa em sua sã consciência estaria.
– Dinah... onde você está?
Não tive tempo para questiona-lá, pois a mesma já havia descido do carro e em menos de 1 minuto ela já estava entrando pela porta velha da residência desconhecida, que ao meu ver não parecia tão desconhecida para Dinah.
Desci do carro com muita cautela, não queria confessar, mas eu estava me cagando de medo do que poderia ter dentro daquele lugar. Mas de uma coisa eu estava certa, se Dinah entrou ali, eu também poderia entrar, já que a mesma era tão medrosa quanto eu.
– Dinah? – chamei-a em voz baixa, tão baixa que se eu não tivesse consciência de mim mesma não saberia que cheguei a chamá-la.
Sim, eu confesso que sou uma medrosa fodida.
– Lauren como você pode fazer isso? – escuto gritos vindo de dentro da casa.
Meu corpo chegou a ficar tão gelado quando o de um defunto. Pelo grito que ouvi pude perceber que seria de Dinah, até porque não teria outro alguém tão escandalosa quando a loira.
Como o coração quase saltando para fora do meu peito, andei em passos longos até o fim da escada, que ao meu ver daria acesso ao lugar onde Dinah estaria. Assim que subo as escadas, o que meus olhos presenciam fazem que meu coração se parta em milhares de pedacinhos.
Lauren estava destruída, literalmente destruída. Estava com bolsas roxas em torno dos seus lindos outros verdes, que tão estavam vermelhos, talvez pelo fato de ter parecido chorar por dias, ou poderia ser facilmente confundido por uso excessivo de drogas. Eu sabia que Lauren usa algumas vezes maconha, mas pude notar que seu estado atual não foi causa pelo uso da droga em si.
– Lauren. Que merda você tinha nessa cabeça para não ter se protegido!– Dinah grita nervosa, andando sem parar pelo quarto, que só agora pude ver o quanto estava destruído.
Mal tive tempo para focar no caos que estava naquele cúbico que ao certo deveria ser um quarto, pois o chora de Lauren me fez liberalmente perder o foco. Lauren e Dinah estava conversando sobre algo que não faço ideia, talvez saberia se não estivesse tão distraída como a beleza de Lauren, que mesmo parecendo que havia saído do caminhão de lixo permanecia linda.
– Eu... eu. – Lauren respira fundo, porém não consegue concluir sua frase.
– Cala a porra da sua boca! Eu não quero saber mais das suas merdas Lauren. Eu estive no seu lado quando você enfrentou sua mãe para ter uma merda de um relacionamento com a Lucy. Estive aqui quando você fez a merda de dizer que não era lésbica e depois dizer que era bissexual, mas sua mente fodida não condiz com o seus atos. – Dinah falava tudo rapidamente enquanto segurava em seus cabelos com força.
– Dinah por favor me es...
– Eu já disse para calar a boca Jauregui. – Dinah grita sem deixar Lauren falar. – Eu não quero saber o porque você chegou ao ponto de ter feito sexo sem camisinha com Tyrone. Mas grávida Lauren? GRÁVIDA PORRA!
Por um instante, somente por um instante eu pensei que havia ouvido coisas. Mas quando notei como Dinah estava alterada, sabia que não pude ter ouvido mais claramente.
Lauren Jauregui era uma pessoa completamente complicada. Quando cheguei em Miami, ela tinha um relacionamento com um brasileiro chamado Luís, o cara não era dos piores, bem talvez esteja sendo um pouco modesta, merda, ele era um lixo. Mauricinho egocentrico, esta era a melhor forma para descrevê-lo. Luís andava como Lauren como se ela fosse algum tipo de prêmio onde o mesmo adorava exibir. Os brasileiros deveriam ser a galera mais legal, era a que mais me dava nojo. Talvez só Luís que me dava nojo, até porque nem todos os brasileiros poderiam ser tão escrotos como ele, ou poderiam?
O segundo relacionamento de Lauren foi com a estudante de filosofia, Lúcia, ou como ela gostava de ser chamada, Lucy. De Lucy não havia muito o que falar, ela era muito, não sei ao certo como colocar em palavras. Muitos vezes ela parecia, assim como o Luís, querer exibir que estava tendo um relacionamento com a Lauren, mas diferente do Luis, Lucy muitas vezes parecia se irritar como o fato das pessoas comentarem sobre o relacionamento entre elas, o que não fazia muito sentido, já que a mesma por várias vezes fez questão de expor a relação delas. Mas para mim ela era tipo um pombo, não gosto muito.
E o terceiro relacionamento de Lauren, foi com Tyrone, ou melhor Ty. Ela não seria digamos assim, uma pessoa que fosse gostaria que seu amigo ou alguém que você ame namorasse. Ele está longe de ser essa pessoa. Ty costumava ser tranquilo e por vezes até legal e gentil, exceto quando começou a ter um interesse maior em Lauren. Foi quando ele se mostrou uma pessoa completamente desconhecida. Ty começou a flertar como Lauren constantemente após o término de seu namoro com Lucy, e como ele tinha uma amizade com Dinah, melhor amiga de Lauren, aproveitou e não faço ideia de como conseguiu conquistá-la.
Ty talvez esteja sendo o pior de todos os namorados de Lauren. Desde quando começaram a namorar, ela tem se mostrada uma Lauren tão distante daquela que costumava ser. Ty era machista, nojento, preconceituoso, e se não pior, porque até então não tive o interesse de descobrir outras "qualidades" do mesmo.
– Dinah por favor me ajuda. Não foi minha culpa, eu não queria engravidar. – Lauren dizia desesperada.
Grávida.
Então Lauren estava grávida do Ty.
– Camila? – Dinah corre em minha direção segurando meus cabelos enquanto eu despejava o líquido nojento do meu vômito pelo chão do quarto.
NOTAS: espero que até aqui tenham gostado, vou tentar escrever o próximo logo. lukky :) x
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The healing (Camila Intersex) - Camren
FanfictionNem todas as palavras do mundo são capazes de expressar o que um ser humano é capaz de sentir