Pequena Margarida

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Entrei na escola e a Mia veio até a mim e me abraçou.
Mia: Você esta bem amiga?
Marg: Sim, por que não estaria?
Mia: Esta um pouco abatida.
Marg: Acordando cedo, quem não vai ficar abatido?
Mia: Pois é.
Lian: Oi amor. - Me abraçou por trás, forcei um sorriso. - Vamos para a nossa sala?
Marg: Eu estou conversando com a Mia.
Lian: Depois você fala com ela, vem, vamos conversa lá na sala. - Continuei fingindo que estava feliz e fui para a minha sala.
Lian: Que palhaçada é esta?
Marg: Do que você esta falando.
Lian: Não quero você falando com estas garotas.
Marg: São minhas amigas.
Lian: E eu sou o seu namorado. - Ele apertou o meu braço.
Marg: Esta me machucando.
Lian: Estou nem ai.
Marg: Isso, mostra para todo mundo que você me bate.
Lian: Te bato porquê você merece.
Marg: Os outros não precisam sabe.
Lian: Fala com estas garotas novamente que te faço passa vergonha na frente de todo mundo.
Marg: Esta me afastando de todo mundo, eu não quero mais obedecer você.
Lian: Espera ai então. - Ele pegou o celular.
Marg: Não, por favor, não posta.
Lian: Vai me obedecer?
Marg: Sim, não posta por favor. - Entramos para a sala e a professora mandou para que sentássemos juntos. Sentei do lado dele e um pouco mais para frente o Augui sentou com uma menina. Estava copiando quando sem querer o meu celebro se concentrou no Augusto, ele estava tão lindinho copiando. Senti um soco nas minhas costelas e perdi o ar, olhei para o Lian que estava serio me olhando.
Lian: Você é uma vadia, para de olhar para ele. - Olhei para ele chorando de dor. - Você é a culpada.
Marg: Esta doendo muito.
Lian: Poblema é seu, e para de chorar. - Assenti e voltei a copiar. Na hora do intervalo fiquei o tempo todo com o John, ele não é maluco de me bater do lado do meu irmão. Quando acabou o intervalo, ele me puxou para uma parte deserta da escola.
Lian: Acho que eu não iria te bater por causa do seu irmãozinho.
Marg: Não, do que esta falando. - Ele deu um soco na minha barriga que perdi o ar de vez, voltei a chorar e ele me apertou.
Lian: Parar de chorar. - Sequei o rosto e respirei fundo e voltei para a aula com a barriga doendo muito.
Depois da aula, Lian me obrigou ir para a casa dele.
Marg: Vamos ter que ir com a Gabi?
Lian: Vamos, por que algum problema?
Marg: Não me sinto bem  indo com ela.
Lian: Não te perguntei nada, tem medo de que? Que eu machuque o seu amorzinho? - Sorriu.
Marg: Só acho que é muita maldade, esfregar esta "Felicidade" - Fiz as aspas com a mão. - na cara dele.
Lian: E é exatamente isso que eu quero, e não esqueça de me beijar e me dizer que me ama.
Marg: Fazer o que né?
Lian: Sorria! - Forcei o sorriso. - Assim é melhor.
A Gabi chegamos e entramos no carro dela, Augusto na frente e eu e o Lian atrás.
Lian: Fala! - Resmungou no meu ouvido.
Marg: Amor eu te amo. - Coloquei a mão em volta dos ombros dele, fechei os olhos e pensei que fosse o Augui ali. Ele me beijou e eu senti muito nojo, senti uma lágrima descer nos meus olhos, ele me olhou e sabia que ele iria me bater quando chegasse.
Chegamos, descemos do carro, entramos, almoçamos e depois o Lian me forçou a subir para o quarto dele. Entrei no quarto dele e o mesmo me jogou na cama com muita força.
Marg: O que esta fazendo? - Ele tirou o cinto da calça e me deu três cintadas.
Marg: Pode me obrigar a namorar com você mais não pode me força a gostar de você.  
Lian: Claro que eu posso. - Me puxou pelos cabelos e me levou até a frente de um espelho.
Lian: Sabe o que eu vejo?
Marg: Hã?
Lian: Uma garota feia, gorda. - Olhei para o meu corpo e me senti muito mal comigo mesma. - Você é um lixo Margarida.
Marg: Não.
Lian: Sim, você esta gorda, esta acabada, ninguém gosta de você.
Marg: Isso é mentira.
Lian: Não é, você sabe que não é, você vale isso. - Me deu um tapa no rosto bem forte. Voltei a chorar.
Ele passou duas semanas fazendo isso comigo, me colocando para baixo por causa do meu corpo, comecei a comer menos, e toda vez que eu me olhava no espelho me sentia um lixo comigo mesmo, não conseguia me senti bem em nenhuma roupa e comecei a evitar a sair do meu quarto, ficava no escuro para não ter que me olhar.