As aventuras de: Jetosbaldo

O casamento e o Filho

O primeiro casamento oficial da S5P3R-42 foi o dos dois. Que viveriam uma vida bela durante um bom tempo.

Adraude e Leirbag sempre se gostaram muito, e nos seus aniversários de 24 anos eles tiveram sua primeira relação sexual.

Adraude ficou grávida.

A primeira grávida da sonda, foi recebida com festa pelos seus tripulantes.

Meses se passaram, e no oitavo mês de gestação vem a notícia trágica.

S5P3R-42 estava em rota de colisão com XCP3-2003, um buraco negro do tipo 2. Um dos piores e maiores catalogados pela humanidade.

O planejado eram 3 meses antes da nave entrar proximo do horizonte de eventos.

Adraude sabia que isso poderia era inevitável, e que ela seria a unica mãe a ver seu filho nascer. Todas as outras não estavam com os meses que ela estava.

Dias se passaram, o bebê nasceu.

O nome? Jetosbaldo.

Leirbag queria honrar o nome de seu bisavô, que lutara na guerra dos cangaços que aconteceu no nordeste Sul-americano pelos anos de 1990-2000.

Jetosbaldo era pequeno demais pra sua idade, a falta de gravidade e o vácuo espacial expremiam suas espinhas. Mas isso não deixou seus pais com pena, afinal, ele era o primeiro e unico ser humano a nascer fora do planeta terra em toda a história.

Mas eles sabiam que isso não iria durar muito tempo, então, começaram seus trabalhos.

Jetosbaldo sempre foi muito chegado a cavalinhos de brinquedos, herança de sua avó materna Chilena que ficara na terra. 

E por esses e outros motivos a construção dos seus pais foi uma Mula. Sim, uma mula robótica enorme.

Ela seria usada como capsula de fuga para Jetosbaldo quando o juízo final chegasse. Quando a nave entraria no horizonte de eventos do buraco negro.

O dia estava perto, faltam aproximadamente 1 mês terrestre para o golpe universal final para aniquilar o projeto Brasileiro de exploração espacial.

A tripulação que já havia aceitado o fim eminente olhava para a familia de Jetosbaldo com outros olhos. Eles eram guerreiros e iriam levar a historia da nave S5P3R-42 adiante.

Os dias iam se passando, era possível ver a anomalia no universo. Estava tudo ficando mais lento, a luz mal chegava, o tempo não passava mais direito. O buraco estava mais perto do que nunca.

Então a triste semana chegou.

Jetosbaldo por motivos estranhos e inesperados crescia rapido, cada semana para ele era um mês. Leis da física, afinal, o tempo para o universo havia diminuído, mas para o corpo humano, não.

Nosso herói estava com seus 8 anos, já falava e andava. Seus pais estavam orgulhosos do menino que se tornara, mas estavam tristes de não poderem ir com ele de volta a terra.

O motivo? A Mula voadora intergalática de Jetosbaldo precisava de todo a propulsão liberada pela nave, toda a repulsão para sair do horizonte de eventos do buraco negro. E a velocidade de "fuga" iria aniquilar suas espinhas, já idosas pelo tempo.