A pureza se foi

11 0 0
                                    

Melissa conta a Jetosbaldo em detalhes como funciona a procriação biológica, ele fica surpreso e meio envergonhado.

- Então... Isso que eu tenho entre as pernas faz...

- Exatamente.

- Uau.

- Pois é né? Loucura! Quando colocaram isso no meu HD também não entendi muito bem, mas como você é humano, sei lá.

- É..

- E quando começa?

- Quando começa o que?

- Quando o humano macho...

- Homem, você quis dizer

- Sim, quando o homem fica disponível pra começar a ter filhos?

- Bem, numa época da vida chamada puberdade...

- Entendi, e qual é essa época?

- ... entre 11 e 18 anos ...

O silêncio reina na sala, é possivel ouvir apenas o barulho de um pequeno meteorito se chocar com a lateral esquerda da Mula, fazendo um barulhão e quebrando algumas luzes. Com o barulho, Jetosbaldo se assusta e vai ver o que é. As lampadas da parte esquerda da nave começaram a falhar, e uma em especial queimou. Ele teve de consertar.

Procurando uma nova lâmpada nas caixas deixadas pelo mecanico de S5P3R-42, Jetosbaldo acha uma revista.

Foleando a revista, Jetosbaldo se depara com uma imagem um tanto já conhecida mas ao mesmo tempo desconhecida.

Uma mulher, nua.

Jetosbaldo sente algo passando pelo seu corpo, como um choque. Algo que ele nunca tinha sentido antes. Quando olha pra baixo, vê que algo que estava normal começou a ficar "anormal". Com medo de ser algo ruim, ele corre até Melissa e pergunta

- MELISSA ME SOCORRE, OLHA O QUE EU FIZ

- Calma Jê, é a puberdade! Faz parte!

- .... Puberdade é?

- Confu$ão mental, homornal e sentimental. Se acalma que isso é normal.

-... E o que eu faço agora? Ele tá assim... Deixo assim? O que eu faço? O QUE EU FAÇO?

- Bem, eu não vou te mostrar o que fazer. Seu corpo vai dizer.

- Ah meu Rodolfo Melissa não faz isso comigo não!!

- Explore seu corpo, Jetosbaldo.

Melissa entra em modo hibernação, e se desliga temporariamente.

Jetosbaldo ainda "feliz" anda pela nave como louco, vasculhando cada coisa, cada caixa, mas não acha nada.

Então ele resolve pegar novamente a revista, e foleia mais um pouco...

Não era apenas uma mulher. Eram várias. Muito bonitas por sinal.

Jetosbaldo sente algo bem mais forte, sua "felicidade" aparece novamente. Ele o toca, e gosta disso.

Jetosbaldo continua "o tocando", mais e mais forte. E gostando mais e mais.

Passado algum tempo, Jetosbaldo se assusta. Algo saia, e ele já sabia o que era.

Ele havia entrado na puberdade, e descobriu de onde vinham os bebês da forma mais estranha e bizarra possível.

Jetosbaldo se levanta ainda meio atordoado, porem, sem nem um problema nas partes baixas. Ele havia descoberto algo a mais sobre seu corpo.

Confuso com o que havia acabado de acontecer, Jetosbaldo olha a sua volta, pensando ter feito algo ruim ou contra alguma lei. Refletindo sobre, ele define que, ele não infringiu nada. Nem uma lei. Nem uma regra. Aquilo era 'bom', não trouxe a ele maleficios, apenas aprendizado.

Ele estava no nada, e no nada, quem inventa as regras não é nada. Ele inventava as proprias regras. Então, pega um papel e uma caneta e escreve em sua agenda:

Regras do Nada:

1. Não questionar sobre o que um humano macho faz sozinho.

Cansado pelo que acabara de fazer, ele vai até sua cama, vestindo seu suéter e cai no sono.

...

Mas é acordado por um barulho insistente vindo da vidraça frontal.

As aventuras de: JetosbaldoOnde histórias criam vida. Descubra agora