SEMENTESES KAI - Volume I

01

INÍCIO

Olá! Pode até parecer meio clichê, mas enquanto se satisfaz de uma boa refeição, acompanhado de um suco de laranja — pra relaxar — pessoas no meu mundo são assassinadas e escravizadas por um fenômeno obscuro, chamado "Desespero Absoluto".

Em meio à escuridão, infinitas vozes clamam por um socorro, que não poderá ser atendido — devido ao desaparecimento daqueles com quem se poderia contar, em momentos como este. Até que, no momento em que a esperança havia sido perdida, algo inesperado acontece, ou melhor, o ser supremo do meu mundo se despede — despertando todo o seu poder e causando uma grandiosa explosão de chamas douradas — dizendo: "— Fracassei em protegê-los, devido ao estado deplorável, em que me encontro. No entanto, peço-lhes para jamais desistirem do bem mais importante, a esperança. Por isso, abram seus olhos e apreciem o meu Kai Explosion* — Explosão Divina! — Scott.".

Após um pesadelo que insiste em voltar, Max — um garoto de 15 anos e civil de Peralanci*, Distrito Rural — acorda, arruma sua cama, e, em seguida, vai à cozinha para consumir a primeira refeição do dia. Chegando lá, ele se depara com Katharine — sua mãe — preparando a refeição. Até que, ela — percebendo que seu filho parecia mais cabisbaixo do que de costume — diz:

— Bom dia, querido! — Katharine — com um sorriso.

— Bom dia, eu acho. — Max — com uma expressão séria.

— Ué, como assim "eu acho"? — Katharine.

— Ah! Foi mal Katharine. — Max.

— Ei, não chame a sua mãe pelo nome, mas, sim, de mãe! — Katharine — com as mãos na cintura e com uma expressão engraçada.

— Foi mal. — Max.

— Aconteceu algo de estranho, enquanto dormia? — Katharine — de forma gentil.

— Não. — Max.

— Então por que está assim? — Katharine — meio confusa com a situação.

— É que aconteceu aquilo, mais uma vez. — Max — com os olhos repletos de lágrimas.

— O pesadelo? — Katharine.

— Sim, mas desta vez foi pior! — Max.

— Por quê?! — Katharine.

— Porque você estava nele! — Max.

— Entendo. — Katharine.

Vendo, que os olhos dele se enchiam de lágrimas, Katharine se aproxima do mesmo, o abraça e diz:

— Não importa o que me aconteça fisicamente, jamais te abandonarei, pois viverei para sempre, em seu coração! — Katharine — enquanto o abraçava.

— Por que está me dizendo isto?! — Max — confuso.

— Porque você sempre enxerga as coisas do ponto de vista negativo e acaba não percebendo o que sempre esteve dentro de você. — Katharine — olhando nos olhos dele.

— Que história é essa, Katharine?! — Max.

— Nossa! Você não entende nada mesmo, né "Maximos" da mamãe?! — Katharine — descontraindo.

— Aff! — Max.

Após se alimentar e participar de um momento sentimental com sua mãe — mesmo sem compreender o real motivo por trás das palavras dela — ele pega sua mochila, se despede dela e vai até uma pequena floresta, chamada Folhance — localizada a 90 metros de sua casa — em busca de algumas frutas.

35 minutos se passaram e ele já estava na metade de Folhance — terminando de recolher as frutas. Ao terminar de recolhê-las e tê-las armazenado em sua mochila, o mesmo aproveita para tirar um cochilo.

Assim que acorda, se depara com um pequeno Micoflani* — espécie lendária de mico, conhecida como destruidora de destino — que — por estar fugindo de um bando de corvos — acaba ignorando sua presença e entrando na mochila. Porém, no momento em que ele estava prestes a retirar o mico da mochila, o pequeno se assusta com o barulho dos corvos e sai disparado — mesmo dentro da mochila.

Ao se aproximar do mico, Max percebe a presença dos corvos e aumenta a velocidade — com uma face desesperada e, ao mesmo tempo, engraçada. Até que, ele, rapidamente, o coloca nas costas e, em seguida, se esconde entre as árvores.

Com o passar de alguns minutos, Max — percebendo a ausência dos corvos — suspira com mais tranquilidade.

Após diversas tentativas de retirar o mico de suas costas, Max desiste e corre para casa — visto que o entardecer se aproximava. No entanto — faltando 20 metros para a saída de Folhance — nosso jovem acaba escutando um barulho estranho e decide investigar. Até que, ao olhar para a sua diagonal direita, ele se depara com uma linda garota — adormecida — ao lado de um homem — visivelmente machucado — e decide ajudá-los.

Por não ter analisado melhor o terreno, ele acaba ativando uma armadilha e fica pendurado de cabeça para baixo — Max não sabia, mas, naquele momento, sua vida estava prestes a mudar.

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