Ao acordar no sábado de manhã, eu acordo e não penso outra coisa a não ser ir na cafeteria da esquina ver se Alex estava lá.
Ao chegar, realmente ele não estava lá, como eu sou meio... prevenida, pergunto ao atendente substituto:
- Bom dia!
- Bom dia, posso-lhe ajudar?
- Eu só preciso de uma informação hoje.
- Sim, diga!
- O Alex trabalha aqui?
- Sim, mas ele não atende aos finais de semana senhorita.
- Ah sim, entendi.
- Sem problemas, mais alguma coisa?
- Não, obrigada.
Fico chateada por não poder vê-lo. Ao sair do café vejo o parque central da cidade, como é outono, todas as folhas estão avermelhadas e o chão não se vê a grama verde como em outros momentos do ano.
Vou andando até o parque, esta cheio de pessoas ao centro, então vou me esquivando da multidão que faz uma fila para entrar no parque.
Ao entrar, avisto um banco vazio perto de um chafariz e sento. Olho para o céu nublado naquele frio e fico imaginando as possíveis formas das nuvens.
Então, olho para a avenida, grande e movimentada, cheia de carros e vejo Alex. Ele estava andando descontraído depois de guardar o celular. Evito ficar encarando para ele não me perceber, mas já é tarde, eu o encarei por tempo o suficiente para ele me notar. Ao me perceber, dá um sorriso, acena espontaneamente e vem em minha direção acelerando os passos.
Ai caramba, e agora? Penso
- Ei moça!
- Ei... tudo bom?
- Não muito bem...
- Por que? O que houve? - Tento não transparecer uma preocupação além do normal.
- Sim, mas não me sentia bem antes de trabalhar lá naquele lugar, até eu te ver indo lá!
- Então, mas qual é o problema?
- O problema é que todas as vezes que eu tento ser algo mais do que um atendente, você me ignora.
Eu realmente não sei o que dizer. Na verdade acho muito fofo da parte dele adimitir seus sentimentos em relação a mim, e o motivo dessa demonstração não estar funcionando mas com certeza a culpa não é dele.
- A culpa não é sua por isso.
- É sim. - Ele diz em quanto abaixa seu rosto em tom de auto reprovação.
- Claro que não Alex. - Coloco as mão em seu obro de forma leve.
Ele levanta o rosto e me observa em quanto fico sem reação também. - Retiro a mão.
- Eu tive um sonho horrível com você Alex! Quer dizer, você não estava no sonho, mas o sonho era sobre você. - Digo de forma confusa e constrangida, em quanto viro o rosto.
- Me conte. - Ele se inclina em minha direção.
- Eu estava acordando... - ele interrompe.
- Então não foi sonho.
- Foi sim, deixa eu terminar... - O interrompo. - No sonho fui até o café e o atendente, que não era você, disse que você não trabalhava lá e que não te conhecia.
- Nossa! Eai?
- Pois é, então quando acordei estava chorando, e fui logo ver se você existia mesmo, quando fui até a cafeteria e me dei conta que ainda não era o horário de vocês abrirem. Depois que te esperei por um tempo, você chegou.
Ele me encara com um olhar meigo e se inclina em minha direção.
Eu o abraço forte. ele passa suas mãos em meu rosto e eu me aproximo, eu fecho os olhos e sinto sua respiração em meu rosto.
Quando me dou conta, nos beijamos naquele instante. O tempo para para nós dois. Eu me afasto e olho para o rosto dele, os seus olhos brilham, então nos beijamos novamente e mais uma vez o tempo se torna a eternidade.
O mais engraçado é que se eu soubesse que no final das contas nós fossemos ficar juntos, eu não bancaria a difícil, ou não, talvez se eu fosse fácil de mais ele não ficaria interessado em me conhecer. Em fim.
Não me arrependo de nada, e se pudesse faria tudo de novo, mas sem errar dessa vez!
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Garoto do café
Roman pour AdolescentsTudo estava de mal a pior na vida de Ana, até ela decidir visitar sua cafeteria favorita para aliviar um pouco do estresse em um fim de tarde.