She Is Kinda Hot

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Heey

Eu disse que viria, não disse? 

A música de hoje é Heart Is Black, by Escondido.

Cuidado, existem outras músicas com esse nome, então já sabem.

Boa leitura :>

Já passava das sete da noite.  O caminho havia sido calmo, tirando o fato de ter que voltar para aquela droga de lugar. E, lá estava eu, na porta do internato com uma grande placa escrito escrito "Good Girls Internship". Eu não tinha ânimo algum para entrar, mas sabia que deveria, deveria se não quisesse mais problemas com Michael e se quisesse concluir meu plano.

Respirei fundo o máximo de ar que pude, logo avistando o segurança de antes, e me aproximei. Decidi passar reto, para não ter que dar explicações. Mas, percebi que a tentativa havia sido falha quando senti um peso em meu pulso direito, logo me fazendo virar e olhar para o homem que me segurava. Revirei meus olhos, não escondendo o desapontamento.

— Lauren Jauregui, o senhor Cowell solicitou para que comparecesse a sala dele, imediatamente.

Apenas encarei o homem, meus olhos não escondiam minha raiva, eu sei que não.  Então, bufei e cruzei os braços.

— Por que eu deveria? — Rebati.

— Você não vai querer descobrir nossos métodos, senhorita. — O homem disse, deixando um sorriso escapar de seus lábios. Como eu queria enfiar um spray naquela bocona aberta.  Porra, dedo-duro.

Dei de ombros, começando a caminhar rapidamente. Algumas garotas que passavam por mim, me encaravam curiosas. Até que cheguei na sala de Cowell e abri a porta bruscamente, logo percebendo o olhar assustado do homem.

— Lauren! — Exclamou, logo após se recompor.

— O que você quer? — Perguntei, me aproximando.

— Tome um assento. — Pediu, olhando para um papel repousado sobre a mesa.

— Estou ótima aqui. — Afirmei. — O que você quer, Cowell? — Repeti a pergunta.

— Bom... — Pigarreou. — ...sei que é nova aqui, assim como todas já foram. Mas, acho bom você saber que... — Novamente pigarreou, subindo seu olhar acinzentado para meu rosto. — ...eu que mando aqui. Você obedece.

— Eu não pedi para estar aqui, acredite. — Respondi secamente. — Você manda aqui, não em mim.

— Você está sob meu teto agora.

— FODA-SE. — Gritei, alterada. Meu sangue começava a fervilhar. — VOCÊ ACHA QUE EU SOU IGUAL ESSAS GAROTAS? 

— SIM, LAUREN, VOCÊ É. — O homem respondeu no mesmo tom, fazendo-me fechar os pulsos. — Cada uma delas chegaram aqui como você, achando que mandavam aqui, achando que eram diferentes. Mas, cada uma delas está aprendendo a ser uma boa mulher, casar-se com um bom homem e cuidar da casa e de seus filhos como toda mulher deve fazer.

— Ah, então, você acha que toda mulher tem que obedecer um velho escroto como você? Ah, me poupe.

— Essa é sua natureza, Lauren. — Rosnou. — Você não pode querer viver como um homem.

— Enfia esse machismo na porra do seu... — Comecei, antes que fosse interrompida pela fala do mais velho.

— Você está querendo ir para um reformatório, marginalzinha? — Senti meu estômago se revirar em mil voltas. Nojo. Era a palavra que definia o que eu sentia naquele momento.

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