Let Me Go, Please

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Vocês são héteros?  Eu sou, igual a Lauren da fic.

Música  de hoje is New Americana by Halsey.

— O QUÊ? — Perguntei me sentando bruscamente na cama, incrédula com as palavras que havia ouvido.

— Você vai a um internato onde vai aprender a se portar como uma mulher de verdade, não um moleque. — Disse com total normalidade.

Não era possível que agora, além de tentar me prender, Michael iria me deixar em um lugar ridículo para tentar mudar quem eu sou.

Senti meu estômago se revirar e as batidas do meu coração ficarem cada vez mais rápidas,e então busquei os olhos de Michael. Opacos. Sem expressarem qualquer emoção. Então, percebi que todo o pesadelo era real.

— Vá arrumar suas coisas. — Pediu secamente antes que saísse do cômodo, me deixando sozinha e perdida.

— PORRAAAAAAAA! — Gritei com toda a raiva dentro de mim, logo levando minhas mãos frias ao meu rosto quente, sentindo uma leve umidade na região de meus olhos. Ali, então, desabei mais uma vez.

  Eu precisava fugir, certo?  Eu não iria ficar em um lugar patético cheio de garotinhas patéticas. Ninguém pode tirar de mim a minha liberdade.

Pensei,  alguns minutos depois de ter desabafado toda a minha raiva.

Me levantei rapidamente, logo indo descalça para o banheiro do quarto, onde lavei meu rosto e escovei os dentes. Voltei ao quarto, busquei uma calça militar, uma camiseta preta básica e um tênis igualmente preto em meu armário.

Depois de alguns minutos me vestindo, maquiando e arrumando o cabelo, eu já estava pronta. Peguei meu celular, abri a porta do cômodo e corri pelas escadas.

— Onde vai? — Marie, que cuidava da casa, perguntou ajeitando seu avental.

— Eu... — Sabia que não conseguiria mentir para Marie, ela me conhecia muito mais do que Clara. — Eu preciso sair daqui, Marie... — A mulher me olhou como se já soubesse de tudo. De fato, já deveria saber.

— Lauren, querida... — Sua voz era doce, a mesma voz que me contava histórias na infância. — ...seus pais só querem o melhor para você.

— Como é  possível alguém que mal te conhece querer o melhor para você? — Perguntei, tendo um pouco de rancor na voz.

— Seu pai não vai deixar que saia. — A mulher disse. — Avisou à todos os funcionários para que não a deixassem sair.

Ah, que ótimo.  Agora tenho vigias por toda a casa. Por que não uma coleira?

— Marie, me ajuda! — Pedi, vendo que era a única saída.

— É o meu emprego, pequena Lolo. — Chamou-me pelo apelido de antigamente, o que me constrangeria se eu não estivesse tão nervosa.

— Eu preciso sair daqui. — Dei de ombros, correndo em direção as escadas.

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