Não haveria aulas, pois era final de ano
Minha mãe em lua-de mel, parecia engano
Embora meu instinto quisesse partir
Pelo bairro fiquei e encarar tudo decidi
Era mais fácil falar, mas eu tentei
As ruas percorri e pouco notei
Imersa estava até que algo me interviu
Uma bola e uma criança sorriu
Eu peguei a bola que estava próxima a mim
Entreguei e a criança me fitou a sorrir
Por mais de um minuto assim ficou
Ao questioná-la ela me confidenciou
Para falar ao ouvido me chamou
Eu agachei e a escutei dizer:
"Meu pai telefonou!"
Silenciou e logo se pôs a correr
Era uma menina com um vermelho boné
Com bola de futebol e camisa do Pelé
Pensei que estivesse delirando
Ela parecia comigo e a infância tentando
Após o divórcio dos meus pais me culpei
Com idade daquela criança planejei
Pensava que meus pais queriam um menino
Então, aprender futebol iria como o Ronaldinho
Não deu certo, nem precisava dizer
Recebia atenção ainda, podia crer
Mas cada vez menos frequentes eram
Após o divórcio bem menos me deram
Não sabia quem era a criança-pai
A procurei e não a encontrei mais
Decidi então, antes do prazo, retornar
Naquele lugar eu não queria mais ficar
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A MARCA DE UMA PÁGINA [COMPLETO]
Fiksi PenggemarIsabel cresceu, mudou, mas no fundo continua a mesma jovem de 14 anos que cativa a muitos leitores até os dias de hoje e além. "A Marca de Uma Página" trata-se da primeira parte da história feita por uma fã com base nos 30 anos de publicação do liv...