Ok, posso morrer agora.
Mas por quê? - perguntam-me.
Ora... estou vivo, só.
Por que tanto medo da morte,
se nem ela tem medo de morrer?
Ela vive?
Não da morte, eu temo,
mas do morrer
que é diário -
como a cada gota de tinta
que se escorre neste papel...
...e a tinta que fica
onde o papel acaba,
mas sem problemas,
viro a página
e o poema vive
pra seu medo da morte
ou de morrer perpetuar.