Capítulo Dois

314 35 3
                                    

Eii, minhas amoras! Tudo bem com vocês?

Mais um capítulo atualizado e reescrito.

Boa leitura para vocês!!!

__________________________________


O aperto forte das mãos de Thomas em meu braço e em minha cintura, é um claro sinal de que ele está mais irritado do que se permite demonstrar. Depois do jantar participamos do leilão, Thomas acabou comprando duas jóias e eu como bom colecionador um quadro da renascença. Ao fim do leilão, Thomas e eu, nos levantamos para pagar e pegar as nossas compras, desde então Thomas simplesmente me mantém preso em seus braços, não me dando outra alternativa além de tentar me desvencilhar sem chamar a atenção dos presentes. Solto um suspiro irritado ao não conseguir me afastar.

– Thomas, o que está fazendo? – Pergunto-o baixo. Sem olhá-lo nos olhos.

– Abraçando meu marido. Não posso?

– Dessa forma? Você não está cuidando-me e sim machucando-me! O que deu em você? – Desvio meus olhos das pessoas e olho diretamente para o meu marido.

Não consigo esconder a surpresa ao ver os olhos antes claros escurecidos em irritação. A brincadeira de Lucius o deixou mesmo enraivecido, sorrio internamente enquanto reviro meus olhos e volto a prestar a atenção no meu quadro sendo embrulhado. O aperto de Thomas suaviza não me causando mais incômodos, não hesito em olhá-lo para lhe sorrir sem mostrar os dentes, agradecendo-o silenciosamente.

Depois de dois meses de sorrisos tortos e forçados, vê-lo sorrir com sinceridade, faz meu coração acelerar seus batimentos. Não demora muito para nossas compras estarem devidamente embrulhadas e protegidas, embora eles forneçam a entrega de produtos iguais e/ou maiores que o meu quadro, prefiro eu mesmo levá-lo para casa.

Agradecemos os organizadores e nos despedimos deles antes de voltarmos para a nossa mesa. Carlos e Lucius optaram apenas por contribuírem com doações em vez de comprarem algo, por isso não nos acompanharam. Ao longe a conversa na mesa demonstrasse acalorada entre ambos e o casal mais velho, nos aproximamos comigo segurando firmemente meu quadro enquanto Thomas mantém sua mão no meu outro pulso. O loiro é o primeiro a nos ver, fazendo consequentemente os outros olharem em nossa direção, sem rodeios e nos surpreendendo Thomas anuncia em um tom seco:

– Nós estamos indo. Tenham uma boa noite!

Lucius estreita os olhos e calmamente avalia um dos seus melhores amigos.

– Você já teve mais senso de humor. – Conclui com o olhar fixo na mão de Thomas envolta de meu pulso.

– Não começa Lucius. Nós vemos amanhã Carlos!

– Tenham uma boa noite, pessoal. – Digo dando um pequeno sorriso sem mostrar os dentes. Aceno para o casal Christ, eles apenas respondem meu aceno com um balançar firma de cabeça, ambos parecem alheios ao clima levemente desconfortável entre os amigos ao redor da mesa. – Thomas, vamos?

Sinto o aperto em meu pulso ficar um pouco mais forte, respiro fundo procurando em meu interior por minha paciência, e assim evitando fazer uma cena. Com passos largos caminhamos em direção a saída, nos despedimos de quem encontramos pelo caminho e por ventura conhecemos em meio a tantos desconhecidos. O semblante sério de Thomas impede as pessoas de iniciarem uma conversa mais longa.

Internamente comemoro minha vitória, de acordo com as reações do meu marido, meu plano não poderia ter dado melhor resultado, afinal se existe ciúme talvez ainda haja esperança para o nosso casamento. Mas ao mesmo tempo que estou empolgado tento não me iludir pelo momento, porque se tem uma coisa que Thomas é tanto quanto eu, é orgulhoso. Paramos ao lado do local do manobrista, o vento frio passando por meu rosto me faz puxar, de maneira desajeitada, um pouco mais a gola do sobretudo para cima.

Não Posso Deixá-lo (Romance Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora