O Fenômeno da Teia Social

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Ah, Paris! Uma cidade enorme com milhares de habitantes, cada um deles com suas vidas todas, de alguma maneira, inter-ligadas. Muitos chamam isso de Teia Social, é incrível. Um animal social cheio de rabiscos, frustações em suas cabeças.

Coitados.

Pessoas. Elas são um mal. Elas fazem algo perverso que é provocar o mal uma para as outras porque estão se sentindo mal. E cada vez mais, descontam seus sentimentos podres uns nos outros, a Teia Social atua bem aí.

Uma risada maligna voa pelo ar. Mas do que estava reclamando? Era isso que lhe permitia fazer o que fazia, era através de sentimentos tóxicos, pessoas sobrecarregadas emocinalmente que o permitia fazer o que faz. Eles apenas facilitavam.

Mas mesmo assim teve de jogar fora aquele último garoto. Que pena! Criativo do jeito que era, renderia um bom soldado... porém sentimental demais.

O homem alto e esguio olha seu kwami comendo depois de mais uma tentativa fracassada de convencer-lo a não usar seus poderes para tal objetivo.

- Você matou aquele garoto! - espantou-se o cabeçudo roxo que não parava de voar de um lado para o outro. Isso o estava irritando. Não estava ali, em sua torre para ser obrigado a assistir um surto de seu kwami.

Olhou o relógio, tinha de cumprir com suas obrigações. Desabotoa seu miraculous de sua roupa e o guarda no bolso interno de seu paletó, fazendo com que o kwami suma instaneamente.

Bem melhor agora.

Caminha calmamente até a porta e desce as escadas.

...

Chloé era alguém conhecida por seu caráter um tanto diferente. Causadora, seria uma boa palavra para descrevê-la. Incorporava uma cor linda e alegre, o amarelo. Em seus cabelos super bem cuidados, nas suas roupas de marcas famosas, e em seus óculos escuros com armação amarelo. Até sua pele brozeada artificialmente, lembrava a cor.

A primeira coisa que Chloé gosta que as pessoas saibam sobre ela é sobre quem é seu progenitor masculino, que no caso, seria o prefeito da cidade. Não era lá muito honesto, como todo político que se preze, mas era o que a cidade tinha.

Ou ainda: era o que sua filha tinha.

Dá uma última olhada no uniforme oficial feito sobre medida da Ladybug em um compartimento especial. Era uma fã nata daquela joaninha, diga-se de passagem. Não. Era A Fã de Ladybug.

Isso. Com letras maiúsculas para dar o mínimo de destaque que merecia. Ou era assim que pensava.

Ainda estava de noite, naquele dia em particular havia sido estressante, sua amiga tinha se virado contra ela, não querendo fazer o trabalho sem ela, como o de costume, mesmo dessa vez Sabrina tendo a Marichata para ajudá-la. Trouxa.

Chloé duvidava se Marinette sabia que Sabrina poderia cuidar daquilo sozinha, e se soubesse, provavelmente não faria diferença pois, ao que parece, ela tem alguns neurônios a menos. Ela já brigara com Chloé por causa de um mísero chiclete! Além de ser supercafona tinha um péssimo gosto para se vestir, isso vinha naturalmente incluso no pacote junto com aquelas marias-chiquinhas que Marinette perambulava no cabelo. Sério, quem em plena consciência com mais de sete anos ainda usa marias-chiquinhas?

Isso não importa, não iria ficar gastando energia pensando nela. Tinha uma limpeza de pele marcada dali a algumas horas e teria também de tratar seus cabelos que foram drasticamente bagunçados por aquele akumatizado na lá biblioteca da escola mais cedo. Como antes do Sol se por, Chat noir tinha dito que ela não estava mais em perigo, voltara a ficar sozinha em seu quarto.

Como Poderia Ser?Onde histórias criam vida. Descubra agora