Capítulo IV: Um dia comum.

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Depois de tantos sonhos malucos eu decidi apenas seguir em frente, não preciso de muito mais além do que eu já tenho, meu irmão com toda certeza vai ficar rico, com o tanto de besteira que ele fala nos vídeos e a quantidade de fãs que não para de crescer. Eu tenho muita inveja dele por conseguir tanto, com tão pouco esforço mas de qualquer modo não preciso do que ele tem, nem do que ele vai ter, minha vida segue diferente como deve seguir tenho meus próprios sonhos, minha própria vida e por aí vai.

Nesta quinta-feira, super animado, depois daquele sonho mais trabalhado que os demais, com direito a Luciano salvando o dia. Volto para minha rotina de todas as manhãs, ficar vegetando na frente do computador até o horário do trabalho chegar, nem parece que vou fazer vestibular no final desse ano, é quase como se eu estivesse esperando que um meteoro caia na terra e me salve dessa rotina desmotivadora, desse sistema de sobrevivência em que nos fazemos acreditar que podemos verdadeiramente viver. De qualquer modo ele vem com bons brindes, como por exemplo séries incríveis como Teen Wolf, amo dar risada vendo aqueles lobisomens.

De fazer nada em nada, eu sigo sempre até as 11:30 quando começo a me arrumar, almoçar e sair.

Nenhuma mensagem nova de Luciano, nem mesmo vejo ele online, de qualquer modo não vou ficar em cima dele, não sou esse tipo de pessoa, mas que eu gostaria de receber um bom dia, ou simplesmente um oi mais fofo eu gostaria.

Segui para o trabalho como sempre, Aline sorridente, porém desmotivada, parece que a faculdade está exigindo demais dela. Cursar museologia deve ser muito complicado e mesmo tendo uma rotina tripla, porque ela estuda, trabalha e ainda ajuda sua mãe em casa e mesmo assim ela segue fazendo seu melhor nas 3 atividades, sempre sorridente, por mais cansada que esteja.

Elisa esta com seu mal humor habitual , sempre que chega na última semana do mês e quando o dinheiro acaba ela faz a mesma coisa, fecha a cara, deixa de ser social e fica numa má vontade eterna, que dura até o primeiro dia do mês seguinte. O pequeno príncipe está como sempre, apenas reage a estímulos, não tem vontade ou ação além do seu estado depressivo de sempre, sorrindo um pouco apenas quando algum de seus mais próximos faz comentários em tom humorístico.

O dia seguiu extremamente normal, o que me frustrou muito, depois de tantos sonhos loucos e de ter conhecido Luciano, o dia seguiu como era comum, sem mais sonhos malucos, poucas vendas, meu chefe feliz porque já batemos em muito a cota de vendas mensal, mas nada do que eu esperava aconteceu, nem Luciano, nem coisas estranhas, nem absolutamente nada de divertido.

Meu expediente acabou e eu saí, como ainda era quinta-feira decidi não sair pra beber, até porque nem Tácio nem Marcela vão estar livres, é bem provável que eles tenham aula até sexta. Tácio e Marcela são amigos antigos, Marcela já saiu com pequeno príncipe e Tácio, eu prefiro não comentar muito sobre, o que importa é que somos amigos e saímos juntos sempre.

Fui para o ponto de ônibus e nem mesmo agora ele apareceu. Desisti da esperança de ver Luciano hoje e comprei uma pizza para jantar com Ian, merecemos comer besteira de vez em quando e ele mesmo sendo tirado a fitness adora comer besteira.

Quando estava chegando em casa, uma coisa me chamou a atenção, na porta de casa um cachorro de médio porte estava sentado, quase como se esperasse alguma coisa ou alguém, como nunca fui atacado por nenhum cachorro nessa vida segui até a porta da minha casa, só levantei um pouco mais a pizza, vai que ele está com fome e ataca meu jantar.

Chegando perto da porta ele fez o primeiro movimento, olhou para mim e esperou, encarei o cachorro, mas não mudei meu rumo, abri a porta e entrei, antes que eu conseguisse fechar a porta ele já estava dentro da minha casa, pareceu mais um gato que um cão pela velocidade, para piorar minha vida de sedentário não me permitiu impedir a entrada dessa fera estranha.

Abri novamente a porta e falei em voz alta:

Iago: -SAI!!!

"kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, hoje eu dou risada lembrando disso, coitado dele. Claro que eu ainda não sabia seu nome, naquele momento ele era apenas um cachorro grande entrando na minha casa sem minha permissão."

Antes que eu pudesse gritar novamente para que ele saísse, a porta se fechou e o cachorro, nossa o cachorro...

Livro I - A Magia. Trilogia Mundo em Chamas.Onde histórias criam vida. Descubra agora