Introdução

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 Lucy. Lucy foi o nome que os meus pais, brilhantemente, me decidiram dar. Um nome frágil, feminino, um nome que não me parecia ter futuro. Um nome que não combina com a minha personalidade em absolutamente nada. E foi por isso que, aos meus 12 anos, me recusei voltar a ouvi-lo. Recusei ser chamada para o pequeno-almoço como se fosse uma princesinha na sua cama de dossel. Recusei voltar a escrever o meu nome nos testes da escola como se o fosse salpicar de purpurinas e desenhos talentosos de borboletas. Acima de tudo, recusei voltar a ser alvo daqueles olhares julgadores de quem ouvia o meu nome e com certeza pensava "Onde está o teu vestido rosa e o teu sorriso colgate?", enquanto fuzilavam os meus arranhões faciais e as minhas calças sujas de terra. Eu não me chamo Lucy. O meu nome é Luck. E a não ser que queiram conhecer a não suavidade do meu punho e a minha longa e pensada lista de palavrões, é assim que me devem tratar. Luck.


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