HOTEL;

18. finally

Jimin acordou naquela manhã exausto, ao menos tinha dormido. Havia passado a maioria da noite estudando para uma prova muito importante que teria em sua faculdade, sobrando-lhe somente duas horas para descansar.

O garoto terminou de tomar banho, repetindo mais uma vez a mesma camisa verde. Jimin desconfiava de toda a cidade saber de cor e salteado suas roupas, já que eram escassas e ele as repetia com muita frequência.

Suspirou e calçou os tênis surrados, caminhando pouco para chegar em outro cômodo.

O apartamento que Jimin morava era alugado, somente tendo três cômodos. Não havia tanta decoração e nem tanto luxo, mas era um lugar confortável.

O pequeno pegou a última fruta que sobrara e saiu porta a fora, resmungando ao sentir o vento frio despentear seus cabelos.

O caminho longo até o metrô se tornava curto pelas músicas que o Park ouvia em seus fones de ouvido, vez ou outra tropeçando nos próprios pés por andar balançando o corpo na batida da canção.

Como de costume, sentou-se no assento mais próximo a porta e esperou que o veículo estivesse cheio de pessoas apressadas e nervosas.

Ao seu lado, sentou-se alguém maior que si mas com o rosto jovial demais para um adulto, a julgar pelas meias azuis estampada por nuvens brancas calçadas com um par de coturnos amarelo, Jimin diria que era uma criança. 

Um pouco antes de sua estação, jimin se despertou da vibe calma que a música lhe passava pela inquietação do garoto ao seu lado. Ele olhava para as placas que indicava em que estação estavam como se estivesse observando um dinossauro ou algo mais extraordinário.

— Oi, eu não queria incomodar mas... você sabe em que estação estamos?— e naquele momento, Jimin não pôde responder.

Reconheceu a voz no mesmo instante em que seus ouvidos captaram o som. A voz de Jungoook era irreconhecível.

O Park encaixou o boné preto mais ainda em sua cabeça, tentando esconder o rosto.

— Estação Chuseok, senhor. — Pelo canto do olho Jimin viu o outro ficar estático, como se estivesse lembrando de algo, mas no segundo seguinte balançava a cabeça, espantando qualquer coisa que pensava.

— Muito obrigado! — o garoto agradeceu rapidamente, levantando-se e correndo até a porta do metrô, que estava quase a fechar.

Jimin sorriu minimamente, rindo por o garoto ser exatamente o que pensava: adorável e infantil.

E simples assim, finalmente Park Jimin conheceu Jeon Jungkook, o garoto que ligava-lhe todos os dias.