Capítulo 3

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  passei um dia inteiro trancado no escritório que tenho em casa, Isabela e as crianças preocupadas comigo e quando eu sair do escritório eles estavam me esperando e eu disse a eles para ficarem tranquilos que estava tudo bem. Fui para o bar da esquina bebi mais uma vez, voltei para casa bêbado, xinguei Isabela e até as crianças, e contei que tinha traído ela. Ela chorou, as crianças ficaram com medo de mim e se trancaram no quarto e Isabela disse:
- Você prometeu que iria parar, você prometeu que nunca iria nos desapontar novamente, você mentiu, você não merece o amor que tenho por você, você não merece o amor dos seus filhos a partir de hoje não sou mais sua mulher. Vou embora para a casa da minha mãe e vou levar as crianças e amanhã mesmo darei entrada no divorcio!

Ela arrumou as coisas e foi embora com as crianças. E é ali eu percebi que não adiantava eu ter um milhão de chances eu sempre vou estragar tudo, eu sempre vou despontar todos a minha volta.

Eu fui para o trabalho ainda um pouco embriagado, discuti com meu chefe e com os meus colegas de trabalho. Fui demitido na hora. Votei para casa sabendo que não tinha mais esperança nenhuma.

  Três semanas chegou uma carta do divorcio, eu tinha que comparecer no tribunal para assinar os documentos. Isabela não queria nada de mim só o divórcio. Eu tive que assinar as papeladas e pedi desculpas por todo mal que fiz para ela. E quando acabei de assinar, estávamos oficialmente separados.

Quando peguei o ônibus para voltar pra casa, acabei dormindo e acordei naquele ônibus azul com os bancos cinzas, e aquele universo paralelo não passou de um sonho, eu estava a caminho do trabalho pois tinha reunião com o chefe e eu estava muito triste. Assim que eu cheguei fui conversar com ele e fui demitido, eu implorei para continuar o trabalhando e ele disse que eu já tive chances demais e que não me daria mais nenhuma.

  Voltei para casa, sentei no sofá, olhei as fotos das crianças e de Isabela, lembrei dos momentos mais marcantes, dos sorrisos e chorei pois eu nunca teria nada daquilo de novo. Dormi por ali mesmo e no dia seguinte quando acordei vi uma carta de despejo pois não tinha pago os últimos aluguéis, e dois dias depois tive que morar nas ruas, ali eu estava pagando por todo mal que tinha feito a todo mundo, naquele momento eu estava no fundo do poço sem chances de sair. Passei dois anos nas ruas e um dia vi Isabela, Igor e Vitória e um homem que eles chamavam de papai. Aquilo partiu meu coração, eles não me reconheceram e meu lugar estava sendo ocupado por outro alguém.

  Bom.. querem um conselho? Aproveitem o agora, as oportunidades de agora, façam valer a pena cada dia ao lado de quem vocês amam, se fez algo de errado corrijam em quanto a tempo. Eu aprendi isso tarde demais.

Eu estou aproveitando o agora! E sabe onde estou? Na ponte mais alta da cidade prestes a me jogar daqui, pois não tenho mais motivos para continuar essa vida pois tudo se foi, quis contar minha história para vocês, para não cometerem o mesmo erro que eu. Isabela se por acaso você ler isso saiba que amo você e  amo nossos filhos. Adeus!

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