Capítulo 10

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Quando Elaine acordou a primeira coisa que sentiu foi uma onda de dor percorrer suas costas até ao dedo do pé e ela tremeu com o esforço de se levantar quando sentiu uma mão a empurrando de volta para a cama onde estava deitada. Quando seus olhos manterão foco Elaine olhou para o lado seguindo a mão que tinha lhe empurrado de volta na cama até o dono percebendo que o dono dessa mão era Barac, Elaine tentou se afastar dele, mas sentia dor demais para fazer qualquer movimento.

-Fique quieta, desse jeito suas costas não vão curar nunca-Falou Barac mal-humorado

-Por que esta me ajudando?-Perguntou Elaine desconfiada

-Precisamos de você viva e alem do mais gostei dos seus gritos de dor-Respondeu Barac sorrindo e continuando a passar a pomada nas costas de Elaine

Elaine se encolhi a cada toque de Barac em suas costas não porque estava sentindo dor, mas sim porque sentia nojo e repulsa por cada toque daquele Moriquendi, quando Barac terminou de passar a pomada ele se recostou na cadeira perto da cama de Elaine e ficou ali a observando como se ela fosse um animal curioso de ser observado, Elaine se moveu devagar para se ajeitar na cama ou apenas encontrar uma rota de fuga daquele quarto quando percebeu que o quarto era muito bem decorado. Tinha uma ampla janela do lado esquerdo do quarto com cortinas azul escuro, a cama era enorme e com lençóis limpos tão brancos como a neve, tinha uma mesa perto da janela com frutas, pães e queijos sobre ela, o quarto tinha os tons de azul escuro, preto e branco e no dossel da cama tinha uma grande lua entalhada.

-Onde estou?-Perguntou Elaine observando cada detalhe

-Nos meus aposentos, em minha casa-Respondeu Barac se levantando e pegando uma taça de vinho

-Por que estou aqui?-Perguntou Elaine recusando a taça que Barac lhe oferecia

-Não queria que você pega-se uma infecção nos calabouços-Respondeu Barac casualmente

-Por que se preocupa tanto com a minha saúde se ira me matar a qualquer momento?-Perguntou Elaine recuando para longe dele

-Quem disse que quero te matar?-Perguntou Barac com desdem

-O que quer de mim?-Perguntou Elaine pegando uma escova de prata que estava em cima do criado mudo quando Barac estava entretido com uma sujeirinha em sua calça

-Cada coisa ao seu tempo-Respondeu Barac se levantando-Largue a escova, você não vai conseguir me machucar com isso-Falou Barac olhando Elaine de canto de olho antes de se retirar do quarto

Quando Barac se foi Elaine suspirou aliviada por ele ter ido embora, ela se levantou lentamente da cama fazendo uma careta de dor e caminhou até a janela puxando as cortinas deixando a entrada da luz no quarto Elaine abriu a janela em busca de uma rota de fuga quando se deparou com um abismo e ondas raivosas batendo contra as pedras. Elaine suspirou e voltou a fechar a janela caminhando pelo o quarto olhando tudo até chegar perto de uma porta e abri-la encontrando o banheiro de marmore preta com sais de banhos arrumados de acordo com o tamanho e uma pilha de toalhas limpas no canto, Elaine  começou a encher a banheira e se despiu entrando com cuidado na banheira deixando com que agua gelada leva-se embora seus medos e clareasse a sua mente. Depois de banhar Elaine começou a vestir suas roupas novamente sem perceber que tinha uma garotinha de pele morena, cabelos curtos e castanhos parada ali observando o ferimento em suas costas.

-Desculpe atrapalha-la, o lorde Barac me mandou para lhe trazer roupas limpas-Falou baixinho a garotinha com a cabeça baixa

-Você é uma fada?-Perguntou Elaine olhando a criança

-Sou sim minha senhora- Respondeu a criança se curvando

-Não precisa se curva, qual o seu nome?-Perguntou Elaine se sentando

HERDEIROSOnde histórias criam vida. Descubra agora