Fallen Angel • NamJin •

i'm afraid!

Narrador on

Seung estava parado a frente da janela do mesmo quarto onde havia deixado seu precioso jin. Seus olhos avistavam o sol que estava abaixando aos poucos e indicava que um pôr do sol viria logo. Seus cabelos rosados iam ganhando tons cada vez mais claros por conta dos raios solares que batiam no mesmo.

Seung estava de olhos fechados, sentindo apenas aquela sensação gostosa de sol batendo em seu rosto e sentindo ar puro entrar em seus pulmões.

Sem querer assustar o maior, o pequeno Jiyong foi pondo os pés aos poucos e devagar no chão, tentando fazer o menor barulho possível para que o outro não se assusta-se e vira-se com aquele olhar de ódio que sempre tentava por enquanto via o outro, mas que Yong sabia muito bem que não era verdadeiro.

Quando os pés de Yong tocaram o Chão, esse repousou bem devagar suas asas e esperou um segundos antes de começar a andar em direção ao outro.
Se aproximou e colocou os dedos levemente nas asas negras do outro que abriu os olhos devagar ao sentir seu toque.

Seung virou-se e viu Yong atrás de se o olhando e com uma das mãos ainda em suas asas.

- A que devo a ilustre e honrosa visita de Deus em meu humilde lar - O rosado levantou as mãos e enfatizou de maneira sarcástica o "Deus".

- Seu senso de humor é comovente sábia? - O de cabelos prateados respondeu, no mesmo tom sarcástico.

Era incrível, por mais que um ou outro, ou até mesmo os dois quisessem ter uma conversa no mínimo civilisada, ambos sempre acabavam dizendo algo ou fazendo qualquer coisa que machuca-se ou estressa-se o outro e eles acabavam naquelas brigas infantis.

Sem obter responta, mas uma vez, Seung virou-se e voltou a olhar o pôr do sol, fazendo o prateado bufar e puxar o mesmo novamente, mas com delicadeza,  o que chegou a surpreender o rosado que olhou para as mãos de Yong e depois, para o rosto do mesmo.

- Eu queria falar com você - Yong disse finalmente da maneira mais calma que podia falar com o outro.

Yong sabia que Seung era uma pessoa difícil de lidar e qualquer palavra dita errada ou em um tom que incômoda-se o outro, despertaria seu lado sarcástico e indisciplinado.

E não culpava o outro, sua decisão e suas escolhas deixavam o outro assim e ele não se incomodava por essa raiva que o outro sentia.

- Conversar? Comigo? -O rosado tinha um cenho franzido e todo o seu sarcasmo tinha dado lugar a confusão que estava visível em seus olhos.

- Precisamos falar sobre ele - O prateado foi soltando as mãos do braço do maior a medida que as palavras saíam de sua boca.

- Veio aqui só falar para que  eu o deixe em paz? Para que não interfira? e que esqueça-o completamente sem pensar em como eu me sinto em relação a isso? - As palavras saíam como cuspe da boca do rosado que guardava consigo a amargura da última vez que vira o outro e que, obviamente, havia acabado em briga.

- Não seung, eu vim propor trégua - Yong fez o oposto do outro, soltou suas palavras da maneira mais melancólica possível, a ponto de semelhar-se a música.

- Trégua? - Os olhos do rosado se arregalaram e Yong teve que piscar duas vezes para ter certeza de que vira os mesmos marejarem. E sim, ele havia enxergado bem, os olhos do outro continham lágrimas, mas que o mesmo não deixou cair.

Era uma visão rara, ver Seung a ponto de chorar, isso não acontecia, Seung não chorava de modo algum.

- Sim, trégua - O menor segurou nas mãos do maior de asas negras e prosseguiu - eu não posso ser injusto com você, ele também é seu filho e nós devemos dizer a ele quem ele é, e qual seu propósito.