Geek Girl;; Shawn Mendes

Capítulo 10

  P.O.V. Feh

  As duas olham pra mim com uma cara de bunda. Demi tenta arranjar uma resposta, afinal, mas parece que não da muito certo.
  A Madison fica me olhando, irritada, enquanto a escola inteira grita e ri das duas.
  — Eu ainda quebro a sua cara, sua piranha! — fala
  — Se você tentar, eu te mato. — diz Lara na maior calma, bebendo seu suco com os pés em cima da mesa.   Todos prestam atenção em nós. — Iai. Já terminou, ou vai pagar mais lição na frente da escola toda? Se quiser pagar mico, espera a Lox pegar mais pipoca, porque a dela já acabou.
  — Não nega ser gorda — retruca Demi
  — Se eu sou gorda, você é obesa. — fala Lox.
  — Inveja mata, querida. — fala Madison.
  — Se matasse você já estaria a sete palmos da terra — falo
  Ouço alguns murmúrios tipo: "Porra, o que está havendo com a Fernanda hoje?!"  ou tipo " Mano, coitada da Madison, Fernanda ta acabando com ela." "Tomara que essas duas tomem vergonha na cara agora."
  — Você vai pagar, Rowland. Pode não se hoje, nem amanhã, mas você vai me pagar!
  — Em dólar ou real? — pergunto. Elas se irritam e saem.
  Reviro os olhos, e aos poucos o povo vai saindo de perto da nossa mesa.
  — Caramba! — Cláudia se pronuncia primeiro — O que foi aquilo, menina?!
  — Algo ruim pra alguém que merece. — falo
  — É... parece que dessa vez eu não precisei te defender. — diz Lara, então finge estar chorando — Gente, meu bebê está crescendo.
  Rio.
  — Calma, amore. Seu bebê não cresceu, apenas aprendeu a se defender quando for preciso. — todas sorriem. — Eu vou ao banheiro, okay?          
  — Ta bom. — concordam, então saio a caminho do banheiro.              
  Quando eu já estava próxima do banheiro, o famoso grupinho me cerca.                                                  
  — O que vocês querem? — pergunto, e reviro os olhos.                
 — Nada... — falam, então eu saio de sua roda.                                                  
  Vou caminhando em direção ao banheiro. Entro, faço minhas necessidades, lavo as mãos e saio. Quando eu saio, alguém me para. Vejo que esse alguém é ninguém além de: Cameron Dallas. Ele para em minha frente.                        
  — O que você quer aqui, Dallas? — pergunto.                                         
  — Pra que tanta formalidade? — pergunta — me chame de Cameron       — Okay, Cameron. Agora me diz, o que você quer comigo?                             — Eu? — dá uma risadinha. — Quero seus lábios. — o mesmo me agarra e me beija.                           
  O beijo tava bom? Tava. Mas felizmente eu tenho dignidade o suficiente pra não ficar com um filho da puta, que me zoava ontem e hoje já quer ficar comigo. Eu empurro ele.   — Eii, qual foi?                                           — Eu não vou ficar com você — falo e tento me retirar, mas ele não deixa.
  — Não, você vai sim. — se irrita e passa a mão na minha bunda — Carai, tu é mó gostosa
  — Chega! — grito — Eu não vou ficar com você!
  Eu tento me retirar, mas o mesmo segura meu braço e me força a beijá-lo de novo.
  Eu o empurro e o mesmo bate com as costas na parede. Ele tenta avançar em mim novamente, então eu dou um tapa em seu rosto, virando-o para o lado.
  — Isso é pra você aprender, que quando eu falo não, é não. — digo e saio.

  P.O.V. Cameron

  — Vadia — xingo.
  Aquela merda de tapa doeu pra caralho, mano. Ela é uma filha da puta! Juro!
  Eu sabia que não deveria ter ficado com ela. Mas eu sou um ser humano, né? Porra, ela é gostosa pra caralho!
  Volto para a minha mesa, então conto para os meninos o ocorrido. O Shawn ficou com uma cara de cú e não se pronunciou hora nenhuma.
  — Eu juro que vou fazer a vida daquela vadia um inferno. — digo

  P.O.V. Shawn

  A última aula é de matemática. Eu não quero nem ver a cara da professora pra mim quando ela entrar na sala, porque hoje vai sair o resultado das provas.
  Eu sempre fui ótimo em matemática. Na verdade sempre fui bom em todas as matérias. Sempre fui o tipo nerd bonito, sabe? Mas depois que a Fernanda resolveu entrar nessa maldita escola, minhas notas caíram completamente, já que eu só penso nela e em mais ninguém…
  Sim, talvez eu esteja mesmo apaixonado. Okay, eu acho que estou mesmo apaixonado por ela. O único problema é que eu não posso contar a ninguém… me zoariam pro resto da minha vida, e eu perderia meu posto de O menino mais popular. Como eu não estou mesmo afim disso, sou obrigado a ficar calado mesmo…
  Hoje de manhã, quando soube que o Cameron quis beijar ela á força, tive vontade de socar sua cara. Primeiro que você não tem que forçar menina nenhuma a ficar com você, e segundo: A FERNANDA NÃO! É, eu realmente quis matá-lo ali, mas fazer o que?…
  A professora entra na sala com sua linda cara de cú de sempre. Praticamente joga suas bolsas em cima da mesa, então se levanta e se vira para a sala.
  — Olá, crianças — fala
  — Oi, professora — falamos todos.
  — Bom, eu já vou avisando que as notas das provas não foram nada boas. Como sempre tivemos somente dois ou três alunos com as médias altíssimas. A diferença é que eu tive também dois alunos que ficaram com notas razoáveis, mas que foram acima da média. O resto vai ficar de recuperação. Lembrando que a média é 6,0, okay, galera?
  Todos concordamos, então ela passa de carteira em carteira entregando os resultados das provas. Essa prova vale 10,0.
  Ela me entrega a prova e nem olha na minha cara.
  — Tirou quanto? — pergunta Jack G para Jack J
  — 3,8 — fala Jack J rindo. — E você?
  — 3,9! Chupa, nenê! — JG fala, e JJ revira os olhos.
  Vou olhar minha nota na maior ansiedade, então do nada eu começo a rir. Tinha tirado 1,3 de média valendo 10,0.
  Então, néh… penso. Eu já to fudido mesmo… fazer o que?
  Depois dela entregar todas as notas, ela finalmente resolve encerrar esse assunto e começar a passar um dever pra a gente copiar.

  [...]

  — Pessoal, quem acabou de responder o dever traga aqui pra eu corrigir. — pede a professora.
  Todos vão correndo pra cima dela pra entregar o caderno e todos vão saindo aos poucos. Os únicos que continuaram na sala fomos eu e a Fernanda.
  — Que bom que vocês ficaram aqui sozinhos. — diz a professora — Eu estava precisando ter uma conversinha com os dois...

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