Onde Estás, Elizabeth?

Até Logo

   A cerca de trinta minutos depois, ela despertou do cochilo e se deparou comigo a observando, fiquei muito envergonhado e ela sorrindo esclamou:
- Porque você está me olhando?
- Porque você é linda!
Sim, eu falei... Não sei de onde brotou tamanha coragem em meu peito para dizer tal coisa, o medo da reação dela foi enorme, aliás, desde o primeiro sorriso minhas mãos já estavam geladas. Ela então me disse:
- Obrigada moço, você também é muito bonito!
me dando um beijo no rosto. Eu confesso que nem consegui reagir a isso, não sorri, não fiquei assustado, não consegui falar uma palavra sequer, foi como se minhas cordas vocais tivessem automaticamente tivessem entrado em greve contra minha cabeça, nesse momento ela também ficou envergonhada e virou o rosto. Passamos alguns minutos sem se olhar e tão pouco de falar, foi quando ela falou:
- Chegou meu ponto!
Eu fiquei bastante desapontado, provavelmente não veria mais aquela moça, e provavelmente não sentiria mais aquela sensação linda que senti naquele momento, porém não tive coragem de pedir seu contato, fui fraco. Foi quando ela após se levantar do lugar para descer do ônibus apressadamente, parou, se virou para mim e perguntou meu nome, eu a respondi:
- Meu nome é Lucas, Lucas castro!
- O meu nome é Elizabeth, Elizabeth nascimento!
Respondeu ela sorrindo. Então correu ela até fora do ônibus, enquanto o ônibus acelerava a caminho do meu destino triste e tedioso, aquela moça bonita q por alguns minutos e com poucas palavras me trouxe uma felicidade que eu nunca sentira sumia na estrada enquanto eu a observava ficar cada vez menor pelo retrovisor do ônibus.
   Quando finalmente chegou meu ponto, levantei para descer do ônibus quando pisei em algo, ao olhar pra baixo vi um ursinho de pelúcia branco agarrado a um coração e com uma correntinha presa na sua mão, foi quando me lembrei que aquele ursinho quietamente me observava do colo daquela moça enquanto eu a olhava atentamente.