Jorrando de fora para dentro o mundo se converte em brasas nas minhas entranhas.
As memórias debruçadas sobre o tempo amargando as sombras do que poderiam ter sido.
Os olhos sempre úmidos e a garganta seca.
Um féu de dúvidas escorrendo por todos os mucos.
Dentro de mim todos os corredores estão inundados e não há escotilhas.
Não há janelas nem portas de salvação. Somente desespero para os desesperados.
Dentro de mim não há seres luminosos para abrilhantar os espaços.
Estou repleto de cantos e a escuridão já se fez dona de todos os caminhos.
De tudo o que há, o que não há é o que me corrói.
De sofrimento e pesar gigante uma estrutura construída
Agoniza
Encharcada de tudo o que dói.
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O REVELADO
PoetryO Torturado tornou-se para todo o mundo o Reconhecido, O REVELADO. Um manifesto necessário sobre a dor de quem não compreende e nunca será compreendido.