Mar de fogo

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Chegando em winterfell, todos com as faces sem cor, ninguém sabia como dar a notícia a jon, ele foi levado até o quarto da irmã, que estava deitada na cama, suava muito e falava com dificuldade, alucinava um pouco, uma acompanhante da garota informou, sansa estava grávida de Ramsey todo esse tempo, ninguém desconfiava, nem ela mesma.
Uma complicação na gravidez fez com que todos descobrissem, sansa perdeu o bebê, e durante as complicações a garota quase morreu também, por isso jon foi chamado, ninguém além dele teria a capacidade de assumir o poder. Sansa suava muito, delirava sobre os terrores que sofreu nas mãos de jofrey, dos Bolton, entre seus murmúrios ela tentava dizer algo para jon, algo como "me desculpe", ele insistiu para que ela não se esforçasse muito, com um pano ele tentava secar sua testa.
A garota adormeceu, jon dormiu em uma cadeira ao seu lado, durante seu sono ela sonhava com montanhas de gelo, trilhas nas florestas e sabor de amoras, ela podia sentir o azedo das frutas em sua boca, tudo como se fosse real, ela corria e sentia o vento do norte, depois desse amontoado de sensações sansa reproduziu imagens de seu subconsciente, em seus sonhos agora eram seus desejos que comandavam, ela se via com jon, os corpos suados sobre a cama, seu maior e mais obscuro segredo, o desejo por seu irmão, em suas fantasias sua respiração ofegante e seus cachos negros sobre seus olhos, ela falava o nome dele enquanto dormia, soavam mais como gemidos, jon que dormia ao lado acordou pensando que a irmã talvez precisasse de ajuda, quando percebeu que na verdade era apenas um sonho, porém pelo jeito que sansa se contorcia na cama, seus cabelos ruivos espalhados pela cama, como um mar de fogo, seus gemidos incessantes murmurando seu nome, o corpo da garota encharcado, sua camisola fina colada ao corpo deixando transparecer os seios, tudo aquilo mexia com o corpo de um homem, por mais correto que ele fosse.
Jon resolveu acordar Sansa, mas não possuía coragem para perguntar o que sonhava, ela já parecia melhor sentou na cama e pediu um copo de água.
-Você se sente melhor?-perguntou jon.
-Muito melhor, sinto muito ter pedido para que viesse.
-Não precisa se desculpar, você estava mal, eu viria correndo de qualquer maneira- ele sorriu e sentou ao lado da cama.
-Eu tive sonhos estranhos jon.
-Que tipo de sonhos?
-Eu senti as florestas e o vento em meu corpo, o sabor de amoras e eu corria muito.
-Parece maravilhoso.
-Eu me senti selvagem, como um animal.
Ela o encarou, lembrou do restante do sonho, ambos ficaram embaraçados, até que ela foi tomada por uma coragem selvagem:
- Jon, eu não posso esperar mais, não sei se é certo, mas eu não quero pensar sobre- depois disso ela o agarrou e lhe deu um beijo intenso.
Jon retribuiu, os lábios de sansa tinham gosto de amoras selvagens, e seu corpo cheirava a rosas azuis, eles não tinham palavras a dizer, ela o puxou para perto na cama, e eles se amaram, como quem se vicia em um fruto proibido, o perigo te faz querer, cada vez mais.

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