Capítulo 2 - Escalada

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Foi difícil dar de cara com o muro naquela hora, era tudo o que não imaginava encontrar em meio a uma selva. Será que isso é mesmo um sonho? Ficou se perguntando, ainda incrédula...

Mas, não era um murinho de nada, não, gente! Era um senhor muro e quando ela olhou para trás, a paisagem pela qual tinha passado virou um enorme abismo, sem nenhuma explicação lógica; então, à sua frente só existia esse muro e sua cara de abestalhada querendo entender aquele negócio...

Parou por uns momentos, olhou para o muro de novo, olhou para o céu e tentou avistar, perto dos arbustos que ainda existiam, se havia alguma saída rápida para outra direção, mas não conseguiu enxergar nada. Pensei em sentar e chorar desconsoladamente até não poder mais, mas quem iria ouvir naquele fim de mundo? Sentou para pensar um pouco, descansar e encontrar uma solução.

Então, perto dos arbustos, viu alguns cipós que poderiam servir para uma possível escalada. Foi juntando tudo e dando nós, aumentando o tamanho dos cipós para tentar uma subida. Só assim poderia se imaginar fora daquele cenário de desolação total!

Precisaria de muito cipó e de alguma coisa que ajudasse a jogá-lo por cima do muro, então, foi olhando ao redor se achava uma pedra de boa proporção. - Pronto, aqui está a pedra! - Amarrou na ponta da corda que fez e começou a tentar jogá-la por cima do muro, em algum local que tivesse uma fissura, para poder fixá-la.

Ela não sabia nada sobre sobrevivência em florestas, imagina escalar aquele paredão... Mas, fez o que pôde para jogar alto, algumas vezes a corda não alcançou a altura desejada. Já estava cansada, suada, com dores nos braços e pernas. Queria ter asas, mas confessou, nem de altura gostava...

Forçou nas última tentativas, mas ainda existia a possibilidade da corda voltar a escorregar, pois teria que encontrar a fissura para sustentá-la, para poder subir. Algumas vezes, ela deslizou e precisou jogá-la novamente. Até que conseguiu sentí-la presa a alguma coisa, do outro lado. Passou a mão no rosto suado e procurou se concentrar na escalada. O que será que havia do outro lado? Faltava pouco para descobrir.

Colocou o pé no muro e foi tentando subir o mais leve que eu poderia, para não fazê-la voltar. Ela nem acreditava que estava fazendo aquilo. Só podia ser um sonho! Isso lá é hora de dormir e se colocar nessa situação?

Já alcançava metade do muro, quando caiu... Ai, meu Deus! E agora? Aonde estava?

Ouviu o alarme tocando sem parar no criado mudo. Acordou sufocada, com a roupa colada no corpo de tão suada... imediatamente se lembrou do muro. O que aquele sonho queria dizer?

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