Imagine Suga

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A arte da vida consiste em fazer da vida uma obra de arte.

Se hoje nos nossos dias atuais, onde as pessoas dizem que temos a mente aberta artistas já sofrem por serem incompreendidos, imagine na França em 1926.

Perder os pais para uma doença sem cura já foi tão doloroso, ver a sua irmã pequena sofrendo com isso foi ainda pior.

Uma coisa que os pais de S/n deixaram bem claro, foi para ela nunca desistir de seus sonhos.

Ainda criança, a menina já tinha em sua pequena cabecinha que queria ser uma artista, assim como as pessoas que pintavam os quadros que ficavam pendurados nas paredes do seu quarto.

Ser uma mulher já dificultava bastante as coisas, o machismo era uma coisa tão forte nesses dias, que até mesmo algumas mulheres tinham preconceitos quanto a isso.

Mas, ela precisava ganhar algum dinheiro para sustentar a sua irmãzinha. E daí que ela ficaria de estômago vazio? Se a sua pequena estivesse aquecida e sem fome ela já estava feliz.

— Você vai voltar cedo hoje? — a pequena perguntou, enquanto ajudava a irmã a colocar as tintas na sacola.

— Vou voltar quando estiver com a sua janta — arrumou os cabelos loiros da mais nova e depositou um beijo em sua testa. — A senhorita Madeline irá vir aqui deixar mais algumas velas para nós, receba ela com educação, sabe que ela tem nos ajudado enquanto não temos dinheiro para pagar a eletricidade.

— Farei isso, irmã, prometo que dessa vez não jogarei uma de suas tintas nela.

— Acho bom, mocinha. Deixei um pedaço de pão em cima da mesa para ti, coma devagar para forrar bem teu estômago. Voltarei mais tarde.

— Está bem.

Delicadamente, os papéis foram tirados da bolsa surrada junto com as tintas. Uma tela foi colocada sobre o apoio, os lábios foram devidamente apontados e colocados em seu lugar.

Como sempre, a praça estava cheia, pessoas indo e vindo.

Era final de ano, a cidade estava repleta de turistas de outras cidades e até mesmo estrangeiros. Parecia um sonho, a jovem nunca conseguiu fazer tantos retratos e vender tantos quadros como naquele dia.

Min Yoongi estava de turismo por ali, enquanto saboreava o maravilhoso doce que carregava nas mãos parou para observar alguns quadros que uma jovem vendia.

Era incrível como os traços eram suaves e modernos, saindo daquela mesmisse que se via em qualquer lugar.

— Se estiver interessado em algum desses, pode observar mais de perto, senhor.

— Na verdade, eu gostaria de ter um retrato meu, seria possível? — sorriu gentilmente.

— Claro, vai demorar um pouco mais, mas, se quiser pode se sentar neste banquinho.

— Tenho todo o tempo do mundo — continuo sorrindo e se sentou. — Qual pose achar melhor, coreano inteligente ou o rico? — o rapaz fez duas caretas, tirando uma risada sonoramente adorável da garota.

— Creio que fiques melhor demonstrando quem você realmente é.

— Adorei essa sua ideia — se arrumou no pequeno banco, fazendo uma pose mais normal e de certo modo, sexy.

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